Safra - Heinze classifica recursos como insuficientes e quer menos burocracia nos bancos
Data:
04/07/2008
O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA, classificou como insuficiente o volume de recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009, lançado oficialmente na quarta-feira. "O incremento de R$ 7 bilhões destinados a agricultura empresarial em relação ao ano passado é muito inferior ao aumento de 30% que os custos de produção tiveram neste ano". O pacote anunciado pelo governo federal para a próxima safra terá R$ 65 bilhões. Ano passado o volume era de R$ 58 bilhões. Ao comentar as medidas do plano para o agronegócio, o parlamentar gaúcho destacou como positivo a eliminação da taxa flat de 4% que incide nos financiamentos para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. "Essa era uma reivindicação antiga do setor agrícola que desonera um pouco o bolso dos produtores e reduz o peso da tributação bancária", ressalta Heinze. A taxa, criada em 2004, é recolhida pelos fabricantes de máquinas agrícolas para formação de um fundo de equalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Após a oficialização do Plano Safra o deputado, que é relator da medida provisória 432 do endividamento agrícola, acrescenta que agora uma das preocupações dos parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados é como os agricultores vão acessar o crédito. "Neste momento de renegociação de dívidas, estamos preocupados com a burocracia dos agentes financeiros e também com a limitação dos financiamentos para os produtores que renegociarem e alongarem seus débitos" evidencia Heinze. Para destravar esse processo e agilizar a liberação dos recursos, os deputados negociam com os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Fazenda, Guido Mantega.