A safra de milho do Brasil, país que é o terceiro maior produtor mundial do grão, crescerá menos do que se previa anteriormente após geadas terem danificado algumas lavouras do sul do país no mês passado, disse o governo. Os produtores de milho do Brasil colherão 57,5 milhões de toneladas do grão este ano, volume inferior a uma estimativa de junho passado, de 58,4 milhões de toneladas, disse hoje em comunicado a CONAB (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO). A produção avançará a partir do recorde de 51,4 milhões de toneladas alcançado no ano passado. As baixas temperaturas registradas em meados de junho no Paraná, o maior Estado produtor de milho do Brasil, causaram expressivos danos às lavouras da segunda safra dessa cultura, segundo informou a CONAB. Os produtores do Estado colhem cerca de um terço de seu milho entre junho e julho, durante o inverno do Hemisfério Sul. A produção de soja do Brasil, que é o segundo maior produtor mundial da commodity, caiu para 59,84 milhões de toneladas, comparativamente à previsão feita pela estatal no mês passado, de 59,85 milhões de toneladas, segundo a revisão feita pela a CONAB na sua décima previsão de safra. A produção dessa cultura, porém, deverá aumentar ligeiramente com relação ao recorde do ano passado, de 58,4 milhões de toneladas. A CONAB deverá fazer ainda mais duas estimativas de safra relativas ao ano safra 2007/08. Combate à inflação O atendimento das regiões Norte e Nordeste com estoques de milho foi ressaltado pelo presidente da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB), WAGNER ROSSI. "Estamos atendendo o norte de Minas, o Espírito Santo e o oeste de Santa Catarina por meio da venda em balcão, contratos de opção oferecidos e também pelo Prêmio de Risco de Opção Privada (Prop), que ajuda o comprador a equalizar as dificuldades com transporte". No caso do trigo, WAGNER ROSSI acredita que o estímulo à produção está dando resultado. "Nós deveremos ter expressivo crescimento na área de trigo o ano que vem.