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Soja - Mato Grosso terá próxima safra de soja mais cara da história
Data: 14/07/2008
 
O preço recorde de até US$ 23 pela saca traz a reboque, para a nova temporada do grão, a safra 08/09, despesas recordes para quem for plantar a oleaginosa em Mato Grosso. Com custo de produção estimado em cerca de US$ 19 a saca, o Estado se prepara para contabilizar mais um recorde: ter a safra mais cara do mundo e de toda a história da cultura.
Para quem não consegue entender o chamado “chororô” do sojicultor estadual, o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Marcelo Monteiro, explica a equação que envolve as perspectivas do novo ciclo: “Sim, os preços são recordes, mas os custos também são recordes. A diferença é que o custo está fechado e o preço da saca, não”.
Pelas contas da entidade, a nova safra demandará investimentos de US$ 909, contra US$ 591 aplicados na safra anterior (07/08), alta de 54% de um ano para o outro.
Ampliando a comparação, a alta pode chegar a 102%, considerando que das safras 03/04 a 06/07 a saca teve um custo médio de produção de cerca de US$ 9 – média de US$ 450 o hectare -, passando para US$ 11,82 no ano passado e projetada em US$ 19 na nova temporada.
Para chegar a estas estimativas, a Aprosoja buscou informações junto à Conab e AgroConsult e considerou uma taxa de câmbio a R$ 1,68. Toda a safra mato-grossense demandará investimentos de R$ 13,95 bilhões contra a injeção de R$ 10,8 bilhões em 07/08. A lavoura da soja responde por 75% dos investimentos.
O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), Seneri Paludo, explica que a margem de risco nesta safra é uma das mais preocupantes, pois há a certeza de um custo de até US$ 20 para um mercado que hoje está pagando US$ 23. “Como há uma tendência para estabilização e recuo da cotação durante a safra, fica a certeza de que é muito investimento para um ciclo”.
O analista destaca ainda que esses custos foram previstos sobre um cenário que aponta para uma produtividade de 50 sacas por hectare, média histórica do Estado. ”Como apenas 3% dos produtores travaram contratos, se o mercado cair a situação ficará pior e ficará negativa, mais uma vez”.
“Mas, com este nível de risco e com a alta de até 183% em determinados fertilizantes, será difícil atingir uma produtividade dessas, pois o sojicultor será obrigado a cortar a adubação e isso atinge diretamente a produtividade da lavoura. Como disse, é um custo fechado sobre uma produtividade e cotação ainda em aberto”, completa o diretor-executivo da Aprosoja.
Monteiro reforça que o mercado está no pico da cotação, mas não há comprador. Os custos tendem a ficar mais caros na medida em que o produtor deixa para comprar seus insumos na última hora e o plantio tardio aumenta as chances de prejuízos com a ferrugem asiática.
Por outro lado, a tendência dos preços internacionais é cair, pois estão diretamente atrelados às condições de clima e às estratégias que os norte-americanos vão adotar em relação à produção de seu etanol, e também depende da relação de oferta e demanda dos estoques mundiais do grão”.
Nas duas últimas safras, os Estados Unidos suprimiram as áreas de soja para dar lugar ao plantio de milho, que é a matéria-prima da fabricação do etanol norte-americano.
Com relação ao momento favorável à comercialização da safra de forma antecipada, já que o mercado bate preços recordes, Monteiro esclarece que neste cenário de cotações elevadas e os compradores – em geral as tradings – estão recuados e fora da posição “compradora”, ou seja, o sojicultor quer garantir preço à soja, mas não há quem compre.
O superintendente do Imea, Seneri Paludo, conta que apenas cerca de 3% da nova safra está comercializado de forma antecipada, ou seja, negociada, onde o produtor trava preços da sua produção e consegue obter recursos para adquirir os insumos.
“Na safra passada, onde a antecipação atingiu extremos, devido à falta de crédito na praça, nesta mesma época mais de 60% da produção estava comercializado antecipadamente por contratos para entrega do grão entre março, abril e maio. Mas, antes dos períodos de crise, há cerca de três safras, o histórico era de antecipar vendas de 25% a 30% da produção”.

Fonte: Diário de Cuiabá
 
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