Cerca de 2 milhões de toneladas do cereal canadense e americano assegurarão a demanda até o início da safra Até a entrada da safra nacional, em setembro, a importação de trigo deve assegurar o abastecimento. A maior parte do volume de 2 milhões de toneladas de trigo canadense e americano, que o governo isentou de Tarifa Externa Comum (TEC), deve vir até agosto. E os exportadores argentinos já deram início ao desembaraço alfandegário das 500 mil toneladas liberadas pelo governo local para o Brasil. Os preços recuaram na semana passada. A cotação do trigo argentino para agosto é de US$ 330/tonelada, ante US$ 360 da semana anterior. O trigo americano para o mesmo mês é cotado em US$ 350/tonelada. No mercado interno, os preços estão pressionados pela fraca demanda da indústria e entrada do produto importado. No Paraná, apenas os pequenos moinhos que não conseguem importar pagam R$ 720 a tonelada FOB, acima da paridade exportação, de US$ 675/tonelada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou na sexta-feira a recuperação da produção de trigo nos principais países produtores. Os EUA devem colher 66,97 milhões de toneladas, mais do que a estimativa do mês passado, de 66,18 milhões de toneladas. A safra australiana foi estimada em 25 milhões de toneladas, ante 13,5 milhões de toneladas no ano passado. O Canadá deve produzir 24,5 milhões de toneladas e, a União Européia, 141,7 milhões de toneladas, acima do esperado em junho, que era de 140 milhões de toneladas. Para a Argentina, a estimativa foi mantida em 14 milhões de toneladas e, para o Brasil, em 4,5 milhões de toneladas. No Brasil, a projeção é mais otimista. A CONAB espera uma safra de 5,2 milhões de toneladas. A perspectiva de oferta tranqüiliza a indústria.