Agricultores de Várzea Alegre, no sul do Ceará, estão contentes com a safra. O município nunca colheu tanto. Na lavoura do agricultor Antonio Rodrigues há fartura. Em menos de um hectare o agricultor colheu 36 sacas de arroz. Três vezes mais em relação ao ano passado. “Esse ano foi um inverno bom e deu muito arroz. Então, eu vou guardar o arroz para segurar para o próximo ano, que ninguém sabe como será”, planejou Rodrigues. O agricultor Luiz Germano também está satisfeito com a safra. O que colheu é suficiente para alimentar a família por dois anos. “Eu vou guardar. É muita gente e às vezes falta. Aí, a gente tem que guardar para comer. Quando é para comprar, o cara não pode. É meio difícil”, justificou. Este ano em Várzea Alegre as chuvas foram regulares e bem distribuídas. A média pluviométrica no período do inverno foi de 1,4 mil milímetros. Duas vezes mais do que o esperado. Como na região a cultura do arroz depende das chuvas, os produtores tiveram a melhor colheita dos últimos anos. No município foram plantados 2,5 mil hectares. A expectativa é de que a colheita chegue a dez mil toneladas do grão. “Apesar de ter chovido um pouco a mais da média, isso não afetou a cultura do arroz. Aliado ao fator do crédito rural e do Pronaf, que beneficiou bastante agricultores. Além disso, a tradição do pessoal plantar arroz no município de Várzea Alegre e assistência técnica. Então, todos esses fatores contribuíram para a produção”, explicou Pedro Bezerra, gerente da Ematerce. De acordo com a prefeitura, a cultura do arroz deve movimentar este ano em torno de R$ 6,5 milhões. A renda obtida pela cultura do arroz corresponde a mais de 30% da economia de Várzea Alegre.
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Agricultores de Várzea Alegre, no sul do Ceará, estão contentes com a safra. O município nunca colheu tanto. 