Soja - Cadeia produtiva da soja se preocupa com sustentabilidade, garante representante do setor
Data:
17/07/2008
O setor de soja está preocupado com a questão ambiental e com a produção sustentável. Foi o que afirmou o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) Fábio Trigueirinho, em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quarta-feira, dia 16. Trigueirinho argumentou que a participação das lavouras de soja no bioma amazônico é pequena. Mesmo assim, disse que a situação chama a atenção do mercado externo e o setor está atendo para que a área plantada com soja na região não aumente nem que haja desmatamento em função da semeadura da oleaginosa. – A cadeia produtiva tem participado de diversas discussões sobre sustentabilidade, demonstrado que o Brasil tem uma legislação bastante forte e completa e que isso nos protege. Por isso temos ainda florestas preservadas. Fábio Triigueirinho citou a chamada moratória da soja (criada para impedir a comercialização de soja de áreas desmatadas) como iniciativa para mostrar que o produtor brasileiro consegue plantar e ainda preservar o meio ambiente. O diretor da Abiove disse ainda que o sojicultor deveria ser remunerado pelo serviço ambiental que presta. – Ele deve ser remunerado à medida que mantém uma parte da propriedade como reserva legal. Mercado Na avaliação do diretor da Associação Brasileira da Indústria de óleos Vegetais, o setor de soja deve aumentar a participação no mercado com uma atuação conjunta e organizada dos seus diversos segmentos, como o óleo e o farelo. No caso do óleo, Fábio Trigueirinho elogiou o aumento de 2% para 3% na mistura de biodiesel no diesel convencional, em vigor desde o último dia 1º. Ele avaliou que é uma oportunidade de aumentar produção do óleo de soja. Disse também que o Brasil tem conseguido organizar de forma satisfatória o setor de biocombustíveis. Já no caso do farelo de soja, a maior participação no mercado está associada ao setor de carnes, já que o produto é utilizado como componente da ração animal. – O Brasil está deslocando parte da produção de frangos e suínos para o Centro-oeste e vai nos tornar bastante competitivos porque é muito mais racional transportar as carnes do que dois, três quilos de ração para esse frango ser produzido em outros países.