O mês de julho vai confirmando uma estagnação na comercialização e, por conseqüência, nos preços do arroz. Isso ocorre em razão da tradicional baixa demanda, por conta das férias escolares, e pelo fato do varejo nacional, bem como as indústrias estarem abastecidos. Os arrozeiros seguem na expectativa de uma alta nos preços internos após setembro e, portanto, não ofertam seus estoques. A grande expectativa do setor é para o leilão da Conab, no dia 29, que comercializará 50,2 mil toneladas. No mercado internacional, as coisas se acalmaram com o início das colheitas na Ásia, que estão refletindo redução nos preços e garantia de abastecimento. Esta semana começou uma ligeira pressão de oferta de arroz argentino no mercado brasileiro, com preços pouco competitivos com o produto interno. Há oferta de arroz branco a 680 dólares a tonelada, Fob Argentina, que chegaria a São Paulo na faixa de R$ 41,50 a R$ 42,00 o fardo. Essa movimentação já preocupa o mercado interno. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a cotação de junho se mantém estável, baixando apenas um centavo, de R$ 33,25 (saca de 50Kg, com 58% de grãos inteiros, posta na indústria), na primeira cotação do mês para R$ 33,24 nesta quinta-feira, apesar de algumas oscilações no mercado livre. Na maioria das praças gaúchas, são pagos ao produtor preços que variam de R$ 31,50 a R$ 32,50. Com o produto na indústria, frete incluso, pode chegar a R$ 33,50. O produto nobre, é avaliado em R$ 36,50, em média, no Litoral Norte, mas com negociações que vão de R$ 35,00 a R$ 38,00. ESTADOS No Mato Grosso os preços se mantêm na faixa de R$ 38,00 em Sinop e Sorriso, mas com baixo volume de comercialização. Chegar a R$ 43,00 posto em Cuiabá na cotação nominal, mas os negócios estão praticamente zerados. A indústria local trabalha apenas o mercado interno (Mato Grosso) e considera que a comercialização anda a “meio-passo”, muitas empresas trabalhando apenas com 50% da sua capacidade e esperando o próximo semestre do ano/safra. A aposta, segundo Marco Lorga, do Siamt, é de uma boa produção para o próximo ano, com a adoção de novas tecnologias para renovação de áreas. O mercado em Santa Catarina mantém preços médios de R$ 32,00, com comercialização bastante lenta, também. PREÇOS A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios de R$ 65,00 para a saca de arroz beneficiado de 60 quilos, tipo 1, e R$ 32,00 para a saca em casca, 50Kg, padrão de 58% de inteiros, no Rio Grande do Sul. O farelo de arroz mantém a estabilidade de preços desde o início do ano, em R$ 320,00 a tonelada, R$ 46,00 para o canjicão e R$ 37,00 para a quirera de arroz. A expectativa da próxima semana é de manutenção destes preços, considerando o feriadão em algumas regiões em razão do Dia do Colono e a manutenção das férias escolas.