Colheita do milho safrinha avança nas lavouras do Paraná. Com o aumento da safra, tem agricultor aproveitando pra fazer um "bico" na fazenda do vizinho. Na área de 1,6 milhão de hectares plantados menos de 10% foram colhidos. Mas a quebra por causa da geada já se confirma. Na região de Floresta, uma das primeiras a colher, a produtividade está abaixo da média. “A geada atingiu 80% da área de milho e a gente acredita que a média de produtividade fique em torno de 50 sacas por hectare”, explicou o agrônomo Antonio Ramirez. Ainda assim o Paraná deve colher mais de cinco milhões de toneladas do milho safrinha. É uma produção que movimenta o campo nessa época e rende trabalho extra pra muita gente, até para os próprios agricultores. Os que ainda não começaram a colher trabalham em outras lavouras. Essa é uma situação bastante comum no município de Floresta. São principalmente pequenos agricultores que trocam serviços uns com os outros. Em uma das propriedades da região o produtor terceirizou a colheita e o transporte, serviços feitos pelos agricultores vizinhos, que, no final da safra, conseguem uma boa renda extra. O dono da colheitadeira, Osmir Garcia, ganha por hectare colhido. Nessa safra ele já tem vários bicos para fazer. O único problema é que a máquina não vem colaborando muito com o dono. Quebrou várias vezes em uma lavoura. “Dá uma rendinha boa se a máquina ajudar e não quebrar”, disse. Na cidade, a safra também gera novos empregos temporários. Grande parte nas cooperativas. Para receber o milho que vem do campo e armazenar a produção é preciso mão-de-obra extra. Gente que faz os serviços gerais, como Cícero da Silva. Para quem resolveu encarar o trabalho é preciso pegar no pesado para seguir o ritmo da safra.