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Arroz - Vale busca alternativas ao arroz
Data: 23/07/2008
 
Mercado oscilante fez com que produtores do Vale do Paraíba investissem em trigo, triticale, aveia e soja.
Produtores das várzeas do Rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo, estão em busca de alternativas para melhorar a rentabilidade de suas terras. Eles querem se livrar dos altos e baixos das safras de arroz, num mercado marcado pela concorrência com outros países nos quais os insumos, por exemplo, chegam a custar 30% do que custam aqui no Brasil.
As alternativas vão desde a instalação de novas culturas, como trigo, triticale, aveia e soja, até o incremento da safrinha do arroz ou a adoção de sementes híbridas, novidade que vem do Sul do País e que já encontra adeptos na região.
"Há um programa em fase de estudos, que pretende dar um novo impulso à produção do Vale do Paraíba", diz o engenheiro agrônomo Glênio Wilson de Campos, do Núcleo de Produção de Sementes de Taubaté (SP). O governo "está sensível" com relação à situação dos produtores, conforme afirma Campos.
SEMENTES
No Núcleo, neste ano, as vendas de semente de triticale e de trigo deram um salto saindo de zero para 12 toneladas. Segundo Campos, isso deve resultar numa safra de 150 toneladas de triticale e mais de 200 toneladas de trigo, algo impossível de imaginar anos atrás.
"O Vale está, modestamente, dando a sua contribuição", diz ele, numa referência à notícia de que a área plantada de trigo no território paulista passou de 40.820 hectares na safra passada para 75.230 hectares este ano.
O aumento é de 84%, conforme o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Na produção, o crescimento é de 102%, saindo de 93 mil para 190 mil toneladas. No caso do triticale, a área plantada deve saltar de 15 mil para 28 mil hectares, cerca de 85% a mais, e a produção passa de 36 mil para 65 mil toneladas, quase que o dobro em relação à safra passada.
A MAIOR PRODUTORA
A região do Vale do Paraíba, de acordo com dados do instituto, ainda é a maior região produtora de arroz irrigado do Estado, com 10.804 hectares de área plantada e produção de 789.733 sacas, ou seja, 50% da produção estadual. Ainda segundo o IEA, a região, no entanto, teria um potencial de 45 mil hectares de várzeas com terras planas e férteis disponíveis, o que significa que apenas 25% têm sido utilizadas.
O produtor Rafael Kodel Neto é um dos que vêm buscando inovações no cultivo da várzea para fugir das oscilações da lavoura tradicional de arroz. Em sua propriedade, na Colônia do Piagui, em Guaratinguetá (SP), ele tem uma área plantada de 140 hectares, com produção anual média de 8 mil quilos por hectare. Aos poucos, Kodel Neto vem utilizando o plantio direto ou semi-direto e foi um dos pioneiros a adotar a segunda safrinha. Além disso, nesta safra, pelo quarto ano consecutivo, faz o plantio de inverno, utilizando aveia e triticale, em parte da área antes ocupada com arroz.
ADUBO VERDE
Essas culturas também servem como adubação verde, para melhorar as condições do solo, outra prática recente na propriedade. "A safrinha otimiza o rendimento da terra e ocupa mão-de-obra, que ficaria parada por quatro meses, pois a safra de arroz é de oito meses", diz o produtor.
Mesmo que a produtividade caia para 3 mil quilos/hectare, ainda vale a pena, pois os custos quase não aumentam, fazendo que uma mesma safra renda 30% a mais, se forem aproveitadas as socas do arroz. "Mas o resultado só é bom se o mercado estiver favorável", diz Kodel Neto.
Outra prática adotada na propriedade são as culturas de inverno, que enriquecem o solo e o preparam para o próximo plantio do arroz, agregando valor à rizicultura. Em 2007 ele plantou 17 hectares de aveia, mas recomenda cautela. "É preciso começar aos poucos para se adaptar", diz.
O primeiro experimento de triticale, também feito no ano passado, em meio hectare de área plantada com as sementes IAC2, IAC3 e IAC5, resultou na produção de 4.200 quilos por hectare, considerada muito boa por ele.
"A idéia é usar o plantio direto para essas culturas de inverno, assim como já venho fazendo com o arroz, diminuindo os custos com desgaste bem menor do maquinário", ensina. A saca de triticale, que é utilizado no preparo de receitas especiais de massas, bolachas e biscoitos, chegou a ser comercializada por R$ 17 a saca de 60 quilos, em junho deste ano.
10,8 mil hectares é a área total ocupada pelo arroz irrigado no Vale do Paraíba
790 mil sacas de 60 kg é a produção de arroz colhida, em média, no Vale do Paraíba
50% da safra de arroz de São Paulo é a contribuição dos cultivos irrigados do cereal no Vale do Paraíba.

Fonte: O Estado de São Paulo
 
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