Soja - Indea intensifica fiscalização nas lavouras de soja
Data:
23/07/2008
Engenheiros agrônomos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) intensificam ainda esta semana a fiscalização das lavouras de soja para verificar se as plantas guaxas, aquelas que foram germinadas naturalmente a partir de grãos que caíram no solo durante a colheita da safra 2007/2008, foram destruídas. Em uma rodada de avaliação realizada este mês, técnicos detectaram que as plantas estão contaminadas com o fungo da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi). A orientação é que os produtores eliminem a plantação, obedecendo ao vazio sanitário, período de 15 de junho a 15 de setembro em que é proibido o cultivo da oleaginosa. As propriedades onde forem encontradas a soja guaxa serão notificada pelos fiscais e terão 72 horas para acabar com a lavoura. Caso não o façam elas serão interditadas até que o agricultor destrua a plantação. O produtor poderá ser multado em até 3 mil Unidades de Padrão Fiscal (UPFs), cotada em R$ 30,70 (un), o equivalente a até R$ 92,1 mil, além de ser indiciado pelo Ministério Público Estadual. O coordenador de Defesa Vegetal do Indea, Carlos Roberto Ferraz, informa que este ano, por causa das chuvas que foram além do período habitual, as sementes brotaram além do previsto e estão contaminadas pelo fungo que acometeu as lavouras no final da safra passada. Ele diz que o produtor tem de destruir as plantas para evitar um prejuízo maior na safra de verão. "E se o produtor estiver cultivando soja durante o vazio, sem autorização, além das penalidades previstas, a lavoura será destruída". Entre os municípios que serão visitados estão Chapada dos Guimarães, Brasnorte, Ipiranga do Norte, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Sorriso, Tapurah, Alto Garças, Alto Taquari, Campo Verde, Dom Aquino, Itiquira, Pedra Preta, Primavera do Leste, Rondonópolis, entre outros. O gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, conta que a entidade está promovendo a massificação da informação, no intuito de alertar os produtores para o risco de uma contaminação maior se ele não destruir a planta guaxa.