Milho - Venda de milho a balcão ocorrerá em agosto
Data:
25/07/2008
Os pequenos criadores de aves e suínos do Rio Grande do Sul terão que esperar até o próximo mês para adquirir milho a balcão pelo programa da CONAB. O setor esteve reunido na semana passada com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para exigir a remoção imediata de estoques públicos da CONAB, pois no Estado há apenas 14,6 mil toneladas suficientes para atender ao consumo por um período de uma semana entre todos os produtores. O setor, no entanto, reivindica a remoção de pelo menos 50 mil toneladas para atender à demanda gaúcha. O superintendente da CONAB no Estado, Carlos Farias, reconhece que o estoque é baixo, porém afirma que esta quantia é suficiente para o consumo por um período de um mês para abastecer quatro mil pequenos produtores cadastrados. Ele justifica que a venda a balcão não é um instrumento para regular o mercado, mas um programa social para atender ao pequeno agricultor quando há escassez de cereal. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (Acsurs), Valdecir Folador, critica o programa da CONAB. Segundo ele, o órgão vai fazer um recadastramento dos produtores para limitar o acesso ao cereal. "Não estamos de acordo com a posição da CONAB que não quer entender a situação dos produtores. A CONAB está realizando uma política solitária", argumenta Folador. Farias comenta que a falta de produto nos silos gaúchos vai limitar para que cada produtor possa adquirir até 15 toneladas por mês de milho. "Este limite é suficiente para atender à demanda dos pequenos agricultores", destaca o superintendente. O estoque de milho da CONAB é de 151 mil toneladas, quando o consumo diário no País chega a 100 mil toneladas. Em razão da escassez do produto, o governo pretende entrar comprando apenas no início de setembro, quando a safrinha de milho entra na reta final e os preços ficam mais baixos. A colheita se iniciou neste mês e se intensifica em agosto. "Se o governo entrar comprando, os preços podem disparar", saliente o coordenador-geral de cereais e culturas anuais do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese. De acordo com o diretor de gestão de estoque da CONAB, Rogério Colombini, os leilões públicos estão suspensos até segunda ordem justamente por causa da valorização nos preços. "A safra de milho indica que será farta, por isso temos certeza que o preço vai cair", projeta Colombini. Ele propôs que haja uma nova alternativa para escoar a produção, que seria a compra da produção de um estado e enviar diretamente para outro para evitar a burocracia. "Estamos analisando esta questão com o Ministério da Agricultura", destaca o diretor. Os produtores gaúchos também solicitam a liberação de milho transgênico da Argentina para suprir a escassez do produto nacional.
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Os pequenos criadores de aves e suínos do Rio Grande do Sul terão que esperar até o próximo mês para adquirir milho a balcão pelo programa da CONAB. O setor esteve reunido na semana passada com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para exigir a remoção imediata de estoques públicos da CONAB, pois no Estado há apenas 14,6 mil toneladas suficientes para atender ao consumo por um período de uma semana entre todos os produtores. O setor, no entanto, reivindica a remoção de pelo menos 50 mil toneladas para atender à demanda gaúcha.