Arroz - Mercado brasileiro segue em compasso de espera
Data:
28/07/2008
O mercado de arroz chega ao final do mês de julho com certo equilíbrio nos preços e demanda normal. Somente na última semana, uma ligeira queda nos preços indicada pelo indicador Cepea/Esalq/Usp e BM&F, alertou o setor. No mês, a cotação da saca de 50 quilos de arroz, com 57% de grãos inteiros (posta na indústria) caiu meio ponto percentual, fechando a última sexta-feira avaliada em R$ 33,07, a menor indicação de julho. Durante o 11º Seminário Lavoura em Evolução, em Dom Pedrito, na última semana, industriais, produtores e corretores avaliavam o mercado e concluíam que há uma tendência dos preços voltarem a subir no final do ano, mas talvez não nos patamares que alguns estão esperando. Também confirmou-se uma tendência de aumento das exportações do Mercosul para o Brasil. Com a baixa das cotações internacionais, para algumas regiões do Uruguai e da Argentina compensa muito vender para o Brasil, enviando o produto por via rodoviária ou férrea. O Porto de Montevidéo está trabalhando em sua plenitude nas exportações. O setor reconhece uma tendência desses volumes pressionarem o mercado interno a partir de agosto, represando, mas não evitando uma ligeira alta nos preços para outubro ou novembro até o final da safra. Neste final de mês, a demanda do varejo segue fraca, concorre para isso também as férias escolares. As cotações no mercado livre seguem bastante estáveis, com negócios acontecendo apenas com referência nominal e acertos caso a caso. Na maioria das regiões gaúchas os preços variam de R$ 31,00 a R$ 33,00, com diferenciais apenas para o Litoral Norte, nas variedades nobres, que chegam a R$ 39,00 em alguns casos. Na Fronteira-Oeste estas variedades também recebem um plus de R$ 1,00 a R$ 2,00 pela saca. INDÚSTRIAS As indústrias iniciam esta semana esperando a realização do leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que oferta 60 mil toneladas na próxima terça-feira, dia 29. Destas, 50 mil estão armazenadas no Rio Grande do Sul e o restante em Santa Catarina. Segundo a agência SAFRAS, No Mato Grosso, a saca de 60 quilos acumula uma média de R$ 37,83. - Este mercado não sente diretamente os reflexos das vendas do governo - justifica o analista Élcio Bento. A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica cotações de R$ 32,00 para a saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul e de R$ 65,00 para a saca de 60 quilos, beneficiada. O canjicão é cotado a R$ 43,00 e a quirera a R$ 34,00. O farelo de arroz permanece cotado a R$ 320,00 a tonelada.