Além do aumento de preço dos grãos, pesam também o preço dos defensivos agrícolas e do óleo diesel. Depois de atingir valores recordes no início do ano, os preços da soja entraram em rota de queda no mercado internacional neste mês e agora caminham na direção contrária dos custos de produção, que não param de subir. Esse cenário deve fazer com que o produtor rural diminua o uso de tecnologia nas lavouras da oleaginosa na safra 2008/09, o que pode levar a uma queda da produtividade, avalia a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Conforme estudo da Confederação, os custos de produção da soja aumentaram entre 20% e 55% em relação à última safra em função principalmente do aumento dos preços dos fertilizantes. O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da entidade, José Mário Schreiner, acrescentou que pesam também o preço dos defensivos agrícolas e do óleo diesel. Para a CNA, além do aumento do custo da produção, está havendo uma retração no crédito. Segundo Schreiner, o quadro preocupa porque somente 7% da próxima safra de grãos já foram contratadas pelas empresas de trading, enquanto que, no mesmo período do ano passado, esse porcentual girava entre 22% e 25%.
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Além do aumento de preço dos grãos, pesam também o preço dos defensivos agrícolas e do óleo diesel.