O mercado de soja, nesta quinzena, continuou a seqüência de quedas iniciadas no último mês e coloca paira a dúvida se estas vieram para ficar ou não. As notícias e expectativas sobre o clima prevalecente nas regiões produtoras dos Estados Unidos foi o fator mais influente nas posições e contraposições dos investidores e especuladores na Bolsa de Mercadoria de Chicago, CBOT. O relatório do USDA tirou algumas dúvidas, mas, ainda assim, os efeitos prováveis do clima sobre a safra americana e safra a ser plantada na América do Sul devem continuar afetando e direcionando as cotações futuras da oleaginosa. É evidente o balanço apertado da oferta e demanda mais a redução nos estoques mundiais. As cotações na CBOT durante a quinzena apresentaram valores abaixo dos 12,00 dólares por bushel, o que não acontecia desde o final de março, mas voltaram a subir do meio da quinzena para frente. Estas variaram de 1357,00 cents por bushel (Venc. Agosto de 2008), em 3 de Agosto de 2008, para 1245,00 cents por bushel (Venc. Agosto de 2008), em 14 de agosto de 2008, apresentando nesse período uma queda de 8,25%, atenuada pela recuperação verificada no fim da quinzena. No mercado interno, o balanço das oscilações da moeda americana e das movimentações da Bolsa de Chicago resultou em preços também em queda, de 3,7%, porém, essas se deram com intensidade e direção diferentes para cada praça. Em Passso Fundo, os preços variaram de 46,50 para 44,50, em Cascavel, de 45,00 para 44,50, em Rondonópolis, de 41,40 para 38,80, em Sorriso, de 43,70 para 35,00, em Campo Grande, de 44,00 para 43,00, e em Rio Verde de 42,00 para 39,00 reais por saca. Em Minas Gerais, em Uberlândia, os preços da soja apresentaram queda pequena, semelhante às das praças de Campo Grande, ou seja, de 2,2%, passando de 45,00 para 44,00 reais por saca. Todas as cotações acima têm como fonte o CMA. Equipe Técnica: Alberto Rezende – Eng. Agrônomo. MS., Economia Rural Altair Moura – Eng. Agrônomo, PhD. Agribusiness Management.