Milho - Preço do milho cai 11% em 30 dias e ameaça safra
Data:
18/08/2008
O preço do milho caiu 11% nos últimos 30 dias, passando de R$ 25,42 a saca, em meados de julho, para R$ 22,62, nessa semana, conforme informativo conjuntural da Emater. A redução não teve grande impacto para os produtores gaúchos, que já escoaram praticamente toda a safra passada. Apesar de a queda provocada pelo mercado internacional ter sido menor internamente, ainda traz preocupação para o próximo plantio. O presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, acredita que a desvalorização pode desestimular os agricultores. 'Isso chama a atenção das indústrias de suínos e aves. O que não for colocado agora, depois, pode resultar em menor colheita.' O gerente adjunto do escritório de Passo Fundo da Emater, Cláudio Doro, concorda que a queda deve-se ao cenário internacional. Para ele, o mercado foi influenciado por fatores conjunturais, como especulação sobre o clima e questões políticas. Além disso, ele comenta que o Centro-Oeste já deu início à colheita da safrinha, o que também pode ter reflexo nas cotações. Na prática, acrescenta, os compradores preferem adquirir mais lentamente para pressionar os preços para baixo. Os cenários da soja e do trigo não são diferentes. A oleaginosa teve redução no preço da saca de R$ 51,00 para R$ 40,00. Para Cláudio Doro, a principal explicação está no desenvolvimento da lavoura norte-americana, associada à queda da cotação do barril do petróleo e de commodities como ouro e prata. 'Quando isso acontece repercute nos cereais. Além disso, os bancos aproveitaram os preços que vinham sendo praticados para vender contratos a fim de apurar o lucro', sustenta. Para ele, a volatilidade do mercado tem se dado em cima de especulação. 'Previsão de tempo e safra nos Estados Unidos estão determinando o cenário e colocando os valores para cima e para baixo', conclui.
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O preço do milho caiu 11% nos últimos 30 dias, passando de R$ 25,42 a saca, em meados de julho, para R$ 22,62, nessa semana, conforme informativo conjuntural da Emater. A redução não teve grande impacto para os produtores gaúchos, que já escoaram praticamente toda a safra passada. Apesar de a queda provocada pelo mercado internacional ter sido menor internamente, ainda traz preocupação para o próximo plantio. O presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, acredita que a desvalorização pode desestimular os agricultores. 'Isso chama a atenção das indústrias de suínos e aves. O que não for colocado agora, depois, pode resultar em menor colheita.'