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Trigo - Importação pode derrubar plantio de trigo
Data: 19/08/2008
 
O desestímulo ao plantio da safra de trigo de 2009 poderá acontecer ainda este ano, caso o Governo Federal autorize a insenção da Taxa Externa Comum (TEC) por mais 30 dias para a importação do trigo canadense e norte-americano. A avaliação é de Flávio Turra, gerente técnico Econômico da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). A perspectiva de colheita de trigo para este ano é de 5,4 milhões de toneladas em todo País, quase a mesma quantia é importada para satisfazer o mercado interno, que necessita de 10 milhões de toneladas de trigo por ano.
A inseção foi dada pelo governo aos importadores em janeiro deste ano e valerá até 31 de agosto. Os importadores querem agora, que o prazo seja estendido até 30 de setembro, coincidentemente, bem no auge da colheita da safra de trigo brasileira. Os triticultores brasileiros e paranaenses querem que o governo compre o que falta de trigo para consumo interno junto a Argentina, que possui em seus estoques 9 milhões de toneladas como excedentes, além de Paraguai e Uruguai, que entrariam com 500 mil toneladas. O país consome de trigo cerca de 900 mil toneladas mês. O Brasil não necessita importar trigo do Canadá e dos Estados Unidos, o Mercosul dará conta, assinala Turra.
Turra avalia que se o Governo Federal insistir em não sobretaxar o trigo fora do Mercosul, haverá um desestímulo dos produtores brasileiros em produzir. Os produtores não vão plantar o ano que vem, o governo terá que importar fora do Mercosul.
Atualmente, a TEC representa para os importadores 10% de taxa para que possam vender o trigo em nosso país, informa Turra. Ele pondera que a isenção é ainda mais injusta, se levado em conta que norte-americanos e canadenses subsidiam sua agricultura, tendo um preço mais competitivo do que o trigo brasileiro.
Segundo ele, o Brasil tem estoque de trigo para mais 20 dias e a Argentina disponibilizou cerca de 900 mil toneladas colhidas no ano passado para o consumo de setembro. A safra da Argentina, segundo Turra, começa a ser colhida em novembro. O técnico da Ocepar informa que o Brasil também começa a colher no final deste mês. Não faltará trigo este ano e no ano que vem, afirma.
Ocepar e Faep
A Ocepar e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) encaminharam, na semana passada, uma carta aos ministérios da Agricultura, da Fazenda, do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, pedindo que a isenção não seja extendida para importações de trigo fora do Mercosul. A decisão depende de consenso dos ministérios envolvidos para ser aprovada. O Minitério da Agricultura é contra à manutenção das importações fora do Mercosul.
A Camex, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, dará o parecer técnico pela manutenção ou não das importações canadenses e norte-americanas de trigo até o final do mês. Há rumores fora da Camex - de fontes que não quiseram ser identificadas - de que já existiria parecer favorável à manutenção das importações fora do Mercosul,
A Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) é contra a prorrogação do prazo de importação fora do Mercosul. Segundo o conselheiro da Abitrigo pelo Paraná, Roland Guth, o Governo Federal combinou com os triticultores brasileiros que as importações com TEC zero fora do Mercosul expiram no próximo dia 31 de agosto. Segundo ele, tecnicamente, as importações fora do Mercosul só podem acontecer seis meses depois de um período de importação.
Ocepar e Faep propõem saídas para venda de trigo
A Ocepar e Faep querem que o governo implemente uma política de apoio à comercilização da safra que será colhida no próximo ano. A direção dessas insituições defende o uso de programas de incentivo à comercialização, como a Aquisição do Governo Federal(AGF); leilão de Prêmio de Escoamento do produto (PEP) para o trigo; e disponibilização de recursos para Empréstimo do Governo Federal (EGF).
Importar dos países do Mercosul fica mais barato no frete e também porque não há a TEC, exemplifica o técnico da Ocepar Flávio Turra. Ele lembrou, entretanto, que o preço do trigo em grão no mercado interno caiu 21% nos últimos 45 dias. A farinha especial no Paraná caiu 15% no preço. Na parte da industrialização não observei esta alteração nos derivados do trigo, alfineta Turra, ao fazer referência ao setor de panificação, que não rebaixou seus preços. O produtor de trigo está pagando para trabalhar, não está tendo lucro, finaliza.

Fonte: Folha de Londrina
 
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