Registro - Petróleo e chuva voltam a impulsionar os grãos
Data:
22/08/2008
Os preços de soja, milho e trigo fecharam com forte alta na quinta-feira nas bolsas americanas pelo segundo pregão consecutivo, impulsionados por notícias de que o atraso no plantio dos grãos no Meio-Oeste dos EUA poderá afetar a produção dessas commodities. A alta do petróleo e a desvalorização do dólar também tiveram influência decisiva para a sustentação das cotações. Em Chicago, os contratos de soja para novembro encerraram a US$ 13,48 o bushel, com aumento de 48 centavos de dólar. Durante a sessão, o papel chegou a atingir seu limite de alta para um único dia, de 70 centavos de dólar. Os contratos de milho para dezembro fecharam a US$ 6,175 o bushel, com alta de 22,50 centavos. Os de trigo para dezembro fecharam a US$ 9,2225 o bushel, com elevação de 22,75 centavos - o papel chegou a atingir seu teto de alta para uma única sessão, de 60 cents. Na bolsa de Kansas, os contratos de trigo com vencimento em dezembro fecharam a US$ 9,5075 o bushel, uma alta de 23,50 centavos de dólar. As chuvas em excesso em junho em parte das regiões produtoras de grãos nos Estados Unidos reforçaram nos últimos dias o receio de que a produtividade das commodities agrícolas será afetada no país. Há previsão de chuva para este fim de semana. Alguns investidores têm esperado chuvas abaixo do volume antes projetado, o que adicionou ainda mais força para a alta dos preços, disseram analistas à agência Dow Jones Newswires. Com o impulso injetado pela alta do preço do petróleo, pela queda do dólar e pelas incertezas sobre o efeito das chuvas nas lavouras, os especuladores voltaram às compras de papéis de commodities agrícolas. Do trigo negociado em Chicago, por exemplo, os fundos compraram cerca de 4 mil contratos.