Os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso tiveram ligeira alta esta semana, mais acentuada nos estados sulistas. O indicador Cepea/Esalq e BM&F, revelou o preço médio de R$ 33,98 para a saca de arroz 58x10, com 50 quilos, colocada na indústria gaúcha na última sexta-feira, acumulando 1,4% de alta no mês de setembro. Em 1º de agosto, o mesmo produto era cotado a R$ 33,07. O cenário internacional, com informações de enchentes graves em Bangladesh, com mais de 100 mil hectares inundados, e problemas de produtividade na safra norte americana, além de estiagem grave na Argentina, são alguns dos fatores que interferem neste cenário. Internamente, a confirmação da Conab de que deve leiloar apenas 150 mil toneladas nos próximos dois meses, ante o pedido de 400 mil/t feito pela indústria, também provocou a confirmação das tendências de leve alta nos preços. O produtor segue vendendo pouco e já está mais preocupado com as operações de plantio e o custo dos insumos, neste momento. O município gaúcho de Candelária, na Depressão Central, já iniciou o plantio, apesar das baixas temperaturas registradas esta semana na região. A indústria, por sua vez, apresenta-se mais fortemente no mercado comprador. Em alguns casos, os estoques baixaram significativamente, inclusive de depósitos segundo o setor de produção, levando a uma procura ligeiramente maior. A tendência, segundo os principais analistas é de continuidade deste cenário com possível acentuação da alta a partir do final deste mês. No preço ao produtor, segundo indicativo das corretoras gaúchas, predominou ligeira alta, com variação entre R$ 33,00 e R$ 34,00 na maioria das praças como Cachoeira do Sul, Guaíba, Alegrete, Dom Pedrito. Em Uruguaiana, São Borja, Itaqui e Pelotas o produto colocado chega a R$ 35,00. Preços melhores para o produto de qualidade superior do Litoral Norte e da Fronteira, chegando a mais de R$ 40,00 em condições muito especiais para as variedades nobres. No Sul de Santa Catarina os preços acompanharam o Rio Grande do Sul, e ficam entre R$ 32,50 e R$ 34,00. Já no Mato Grosso, o preço médio supera os R$ 38,00 para arroz de qualidade nas regiões produtoras. Indústria O grande destaque das discussões da indústria gaúcha esta semana, além do pedido de ampliação da oferta dos estoques públicos para 200 mil toneladas em cada leilão, acusando baixa dos estoques, foi a migração (e em alguns casos, volta) de muitas indústrias que se instalaram no Mato Grosso, para Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A falta de estabilidade da produção de arroz no Centro-Oeste é a principal causa deste movimento. Juntamente com as indústrias do Sul, o movimento foi seguido pelas mais importantes indústrias do Centro-Oeste. Os dois estados sulistas respondem por 70% da produção nacional e, na região, ainda existem Uruguai e Argentina, grandes fornecedores de matéria-prima. A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preço médio de R$ 34,00 para a saca do arroz em casca com 58% de grãos inteiros, no Rio Grande do Sul. A saca de 60 quilos de arroz beneficiado é cotada a R$ 65,50, também com alta de 50 centavos perante a semana anterior. Nos derivados, o farelo de arroz subiu R$ 20,00 a tonelada, chegando a R$ 340,00, enquanto o canjicão bateu nos R$ 40,00 e a quirera voltou para R$ 31,00.
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Os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso tiveram ligeira alta esta semana, mais acentuada nos estados sulistas. O indicador Cepea/Esalq e BM&F, revelou o preço médio de R$ 33,98 para a saca de arroz 58x10, com 50 quilos, colocada na indústria gaúcha na última sexta-feira, acumulando 1,4% de alta no mês de setembro. Em 1º de agosto, o mesmo produto era cotado a R$ 33,07.