Apesar da inconstância climática, verificada até o momento, com grandes oscilações na temperatura e a ocorrência de fortes chuvas e geadas, em determinados dias, o levantamento sobre as culturas elaborado pela Emater/RS-Ascar, informa que o aspecto fitossanitário do trigo pode ser considerado bom. Apenas lavouras onde o nível tecnológico utilizado está aquém do recomendado é que apresentam sinais de diminuição do potencial produtivo.
De maneira geral este tem se mostrado bastante satisfatório, com várias lavouras apresentando bom perfilhamento e potencial para uma produtividade acima dos 2000 kg/ha. Todavia, se considera prematura qualquer alteração nas previsões iniciais (1.881 kg/ha em âmbito estadual), tendo em vista o alto percentual ainda em fase de perfilhamento e a incerteza quanto ao clima de setembro, que costuma ser o “fiel da balança” para a determinação da produção de trigo no Estado.
O trigo, em âmbito estadual, chega com 33% das lavouras em fase de floração, e 20% em fase de enchimento de grãos, estando à frente da safra do ano passado.
ARROZ
Os produtores de arroz seguem nos trabalhos de preparo das áreas visando a próxima safra. Limpeza dos canais de irrigação e drenos, sistematização dos quadros e incorporação da soca do ano anterior são as atividades mais executadas no momento. Essas tarefas têm sido paralisadas, em determinados momentos, devido às chuvas recentes, mas sem atrasos consideráveis. As primeiras sementes deverão ser lançadas dentro de poucos dias, com os produtores da Região da Fronteira Oeste sendo os primeiros a fazê-lo.
MILHO
Missões, Noroeste Colonial e Médio Alto Uruguai são as regiões onde o plantio de milho da safra 2008/09 se encontra mais adiantada devido ao micro clima favorável. Todavia, as baixas temperaturas registradas recentemente, bem como o excesso de umidade em alguns casos, têm prejudicado uma germinação mais rápida e vigorosa.
FRUTÍFERAS
Durante este período do ano, fim de inverno e início de primavera, a ameixa e o pêssego encontram-se no momento crítico de produção. Devido a seu estágio fenológico (floração/início de frutificação) e em virtude das variações climáticas (excesso de umidade e aumento de temperatura), poderá ocorrer o abortamento de flores e a queda de pequenos frutos, assim como as plantas apresentarem maior suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças fúngicas (podridões, falsa crespeira, míldio, etc.) causando redução da produção e qualidade dos frutos. Na região de Porto Alegre, as ameixeiras apresentam um ótimo florescimento, sinalizando para uma boa produção. PECUÁRIA Segundo a pesquisa de preços realizada pela Emater/RS–Ascar, o preço médio do boi gordo apresentou queda, passando de R$ 2,87 para R$ 2,85 o kg vivo, com redução de 0,70%. O preço médio da vaca gorda também apresentou variação negativa, passando de R$ 2,63 para R$ 2,62 o kg vivo, redução de 0,38%. Na região Central, os pecuaristas familiares seguem realizando o controle preventivo da verminose em decorrência do excesso de umidade das pastagens. O mercado de animais de reposição está valorizado na região. Já o mercado de animais para abate apresentou queda no último período. Na região Noroeste do Estado a comercialização para animais em condições de abate pode chegar no mercado regional a preços que beiram a casa dos R$ 2,95 o kg vivo. LEITE O preço médio do leite no mercado estadual continua apresentando uma tendência de queda. A pesquisa de preços pagos ao produtor da Emater/RS–Ascar, desta vez, registrou uma queda maior. O produto caiu 5,17% no período. O preço médio baixou de R$ 0,58 para R$ 0,55 o litro. Os preços máximo e mínimo também caíram. O máximo passou de R$ 0,66 para R$ 0,64 e o mínimo caiu de R$ 0,45 para R$ 0,42. A justificativa para tamanha queda é que o setor está passando por momento de antecipação e elevação da oferta. O mercado estadual de cordeiro e de suínos apresentou elevação no período. O preço médio do cordeiro para abate passou de R$ 2,31 para R$ 2,34 o kg vivo, crescimento de 1,30%. E o do suíno tipo carne passou de R$ 2,61 para R$ 2,62, aumento de 0,38%.