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Registro - Produtores de leite querem medidas urgentes do governo para conter crise no setor
Data: 19/09/2008
 
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve apresentar até a próxima segunda-feira (22) ao ministro Reinhold Stephanes um pacote de medidas com o objetivo de minimizar os efeitos da crise pela qual passa do setor lácteo no Brasil. A crise foi provocada pela superprodução e atinge com mais força os produtores e a indústria.
De acordo com o presidente da Câmara e também da Comissão Nacional de Pecuária e Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, entre as medidas a serem propostas no plano emergencial para acudir o setor está a liberação imediata de R$ 300 milhões para financiar o estoque de leite das indústrias.
Além disso, os produtores ainda pedem que seja aumentado o limite de crédito por indústria, dos atuais R$ 10 milhões, para R$ 15 milhões. “Assim, as indústrias que já pegaram os R$ 10 milhões e que ainda precisam de crédito, poderiam ter uma suplementação de R$ 5 milhões”, explicou Rodrigo Alvim.
O pacote prevê ainda que o governo adote o Contrato Privado de Opção de Venda (PROP), por meio do qual seriam realizados leilões de um prêmio. “Para ser merecedora desse prêmio, a indústria tem que garantir o pagamento ao setor de produção primária. Com isso, vamos retirar leite de uma região mais produtora para as regiões menos produtoras e que precisam ser abastecidas, a exemplo do Norte do Brasil”, destacou Alvim.
A realização do leilão custaria ao governo R$ 100 milhões. O setor pedirá ao governo a liberação imediata desse recurso. “Além disso, também para o leilão, vamos solicitar que haja um limite por indústria. A intenção é que esse crédito seja pulverizado para que todas as indústrias, inclusive as produtoras de derivados como queijo e de leite em pó, possam ter acesso a essa linha de crédito”, destacou o presidente da Câmara Setorial.
Outra questão está voltada para o incentivo às exportações. Os produtores querem que o governo seja mais “ligeiro” nos acordos sanitários firmados com outros países. “Queremos que o governo convide missões de outros países para que elas possam vir ao Brasil e atestar a qualidade da indústria de leite. Além disso, o governo precisa acompanhar de forma mais efetiva a questão da qualidade do leite para evitar fraudes”, disse o presidente da Câmara Setorial.
A superprodução de leite no Brasil foi gerada em função de uma expectativa de venda para o mercado externo. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Uberlândia, Júlio César Pereira, no ano passado, os produtores do Triângulo Mineiro, uma das maiores regiões de produção leiteira do país, aumentaram em 20% a produção. Eles foram incentivados pela alta do preço do leite no mercado externo.
“No entanto, o consumo deste ano não correspondeu às nossas expectativas. Além disso, o baixo preço do dólar não tornou as exportações um negócio atrativo. Tivemos uma redução de 15% aproximadamente no consumo e ainda contamos hoje com um custo de produção 25% maior que o custo que tínhamos no mesmo período do ano passado”, reclamou o produtor.
A solução encontrada por muitos produtores da região foi a de vender as matrizes (vacas leiteiras) para o abate. “Essa é única forma que o pecuarista está encontrando para poder empatar as contas no fim do mês”, destacou Pereira.
Atualmente, o custo do litro de leite para o produtor tem ficado em R$ 0,70, e o preço pago pelo litro do produto é de R$ 0,68.
“A situação está insustentável. Se não houver medidas urgentes, a produção de leite para o próximo ano vai cair devido ao abate de matrizes”, destacou Pereira.

Fonte: Agência Brasil
 
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