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Governo está satisfeito com resultado do leilão de arroz
Data: 26/09/2008
 
A estratégia da Conab de intensificar os leilões de arroz, a fim de baixar o preço deu certo, segundo a Estatal. Nos dois primeiros lotes ofertados foram negociadas 54,45 mil toneladas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com média de R$ 33,67 por saco de 50 Kg. Apesar do ágio de 19,99%, a cotação representa queda de 4,9% em relação ao pregão do dia 16, quando a média foi de R$ 35,33 por saco de 50 Kg. Outros dois avisos negociaram mais 4,69 mil toneladas de arroz.
De acordo com o diretor de logística da Conab, Silvio Porto, apesar da reivindicação da Federarroz de retomar o intervalo de 15 dias, o próximo leilão de 60 mil toneladas está confirmado para o dia 30 deste mês. A média não é suficiente para que se dê um intervalo maior, segundo o superintendente da Conab, Carlos Farias. Silvio Porto explicou que a pretensão é trazer o preço para a casa dos R$ 30,00 por saco de 50 Kg.
Para isso, a Conab admite realizar um leilão por semana ou ofertar 150 mil toneladas por mês.
Para o consultor Carlos Cogo, isso não será mais possível, a não ser que o governo despeje todo o estoque da Conab no mercado nas próximas semanas, um ato “kamikaze”.
Na próxima reunião do governo com a cadeia produtiva, na primeira semana de outubro, em Brasília, serão avaliados os resultados dos leilões e as novas ações do governo.
Os leilões podem melhorar a situação de abastecimento das indústrias pontualmente, mas não terão força para derrubar os preços. Vale lembrar que ficou acertado, na última reunião da cadeia com a Conab, durante a Expointer, que o volume negociado poderia ser alterado sem consulta ao setor. No entanto, segundo o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Carlos Farias, a realização de mais pregões estava acertada. Segundo ele, se houvesse movimento significativo de alta, a Conab lançaria novos editais sem consulta ao setor.
Para o consultor Carlos Cogo, "a Conab está brincando com fogo. Os estoques são relativamente curtos e o aumento de ofertas semanais encurta o cobertor. Problema certo para conter os preços no ano que vem", considera.
  
Fonte: Carlos Cogo Consultoria
 
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