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Milho - Goías pode indicar leve redução de área na safra 2008/09
Data:
26/09/2008
O estado de Goiás pode indicar leve redução na área de milho para a safra 2008/09, segundo previsões da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg). Para o analista de mercado Pedro Ferreira Arantes, é possível que a área possa recuar 3% frente aos 632 mil hectares plantados na temporada 2007/08, em função dos elevados custos de produção do cereal. "Atualmente o custo de produção gira em torno de R$ 20,20 por saca, frente a um preço que tem oscilado entre R$ 17,00 e R4 19,00, dependendo da região. Essa condição desestimula o produtor", comenta. Arantes sinaliza que por conta do custo a tendência é de um menor uso de tecnologia. "Os produtores que tiverem áreas bem adubadas não terão maiores problemas no plantio. Para os que tiverem em uma situação diferenciada, a tendência é de reduzirem os investimentos", avalia. Em termos de clima, Arantes informa que as chuvas já estão ocorrendo no estado, mas não em volumes suficientes para garantir condições ideais de umidade ao solo. "Precisamos de pelo menos 80 milímetros de chuva para que o plantio possa iniciar bem. Felizmente a previsão indica um bom quadro de precipitações nos próximos dias", projeta. Arantes acredita que o volume de sementes ofertado para o plantio será suficiente para atender a demanda. "Alguns produtores de milho estão fazendo devoluções, guardando adubos para o plantio da safrinha, por conta da dificuldade na obtenção de créditos e dos altos custos", comenta. Outra preocupação está relacionada aos volumes de recursos disponibilizados. "Tantos os bancos para o fornecimento de créditos oficiais quanto às empresas que efetuam troca de sementes por fertilizantes estão muito retraídos, por conta da recente volatilidade cambial, o que deixa os produtores bastante apreensivos", afirma. A expectativa da Faeg é de que o plantio de milho possa ter início em novembro, após a primeira etapa de cultivo de soja no estado, que ocorre a partir de 5 de outubro. No sudoeste de Goiás, a expectativa da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) é de que a área de 120 mil hectares de milho cultivada na temporada passada, sendo 20 mil em Rio Verde, possa ser mantida em 2008, apesar dos elevados custos, especialmente dos fertilizantes e uréia, que tiveram alta de 46% em média desde a safra passada. A grande preocupação do produtor local está relacionada ao baixo preço, na casa de R$ 17,50, e ao crédito para custeio, que ainda não foi liberado pelos bancos. "Esse cenário gera incerteza para o produtor em termos de viabilidade de recursos para o plantio e investimentos em tecnologia. Talvez por conta disso possa ocorrer uma redução de 20% na adubação do solo", avalia Miguel. A expectativa da Comigo é de iniciar o cultivo de milho em novembro. Outras notícias: