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Soja - Usda faz soja recuar
Data:
01/10/2008
O aumento na previsão dos estoques de passagem da soja e do milho nos Estados Unidos, divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura Americano (Usda), derrubou as cotações das duas commodities na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos da oleaginosa com vencimento em janeiro, que possuem maior liquidez, recuaram 4,3% e fecharam valendo US$ 10,62 o bushel (27,2 quilos. O milho, que também terá estoques maiores nos EUA, acompanhou a baixa e recuou 4,6%, cotado a US$ 5,06 o bushel (25,4 quilos). "A queda foi basicamente influenciada pelo relatório do Usda. Prova disso é que o trigo terá estoques menores e o preços subiram", observa Glauco Monte, analista da FCStone. De acordo com o relatório americano, o estoque de soja no país subiu de 3,8 milhões de toneladas para 5,5 milhões de toneladas, incremento de 44% em relação ao último relatório do dia 12. No caso do milho, os estoques saltaram de 40,1 milhões de toneladas para 41,3 milhões de toneladas, alta de 2,9%. Monte destaca que ao contrário dos últimos dias, quando a crise americana estava afetando diretamente a oscilação das commodities agrícolas, os fatores que provocaram a queda de ontem foram fundamentais (oferta e demanda). No entanto, Leonardo Meneses, analista da Céleres, acredita que os preços caíram em virtude da rejeição do congresso americano ao pacote proposto pelo governo. "Existe uma tendência de redução na demanda mundial gerada pela falta de crédito". Na contramão da soja e do milho, o trigo subiu ontem na bolsa de chicago em virtude da expectativa de redução de estoques do relatório. No último boletim, a previsão era de 5,2 milhões de toneladas em estoques contra os 5 milhões de toneladas estimados ontem, queda de 3,8%. "Os estoques estão mais apertados e o mercado acabou sentindo isso", observa Élcio Bento, analista da Safras & Mercado. Por esse motivo, os papéis com entrega para março na Bolsa de Chicago subiram 1,7% e fecharam cotados a US$ 7 o bushel (27,2 quilos). O café teve sensível alta e os contratos para março fecharam a 134 centavos de dólar por libra peso na Bolsa de Nova York (CME futures), alta 0,1%. Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, a demanda das indústrias pelo grão está "segurando" as cotações. "Isso ocorre por causa da entrada do inverno no norte, quando as empresas compram mais". Já o açúcar do tipo 11 com entrega para março caiu 1,6% e fechou cotado a 13,66 centavos de dólar a libra peso. Para especialistas, a tendência é que a próxima safra brasileira tenha um maior mix para o açúcar, o que motivou a queda.