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Registro - Crise na Cotrigo
Data:
17/10/2008
A Cotrigo, uma das mais importantes cooperativas do Rio Grande do Sul, começou a entregar para os credores parte dos estoques de milho e soja. A empresa passa por problemas financeiros e a dívida está sendo quitada com os grãos, mesmo sob protesto dos agricultores.
A Justiça de Getúlio Vargas acatou mais uma liminar contra a Cotrigo. Uma empresa gaúcha ganhou o direito de cobrar em produção o cinco milhões de reais que a cooperativa deve. Para impedir a retirada de soja e milho, os produtores rurais voltaram a trancar o portão da unidade da cooperativa em Erebango. Outro grupo fez protesto em frente ao fórum.
Um grupo solicitou uma audiência com a Justiça para tentar negociar a permanência dos grãos na cooperativa. A reunião terminou duas horas depois. A decepção ficou estampada nos rostos dos agricultores. “Temos que agüentar, abaixar a cabeça e trabalhar de novo, como estamos acostumados”, falou o agricultor.
Para que a Cotrigo continue funcionando a orientação da justiça é que o comitê gestor crie um plano de reestruturação que comece com a renegociação das dívidas com os credores. Depois, faça uma auditoria para descobrir as causas da crise financeiras.
O trabalho começa na segunda-feira com a chegada de uma empresa de Porto Alegre. O grupo vai investigar o rombo de mais de R$ 200 milhões de reais.
“Sabemos que tem muito de incompetência, mas poderá haver indícios de fraudes e irregularidades. E quem as cometeu, certamente, deverá responder perante a lei”, avisou Antônio Hort, representante do comitê gestor da cooperativa.
Em novembro, o comitê gestor da Cotrigo deve realizar uma assembléia para apresentar um balanço da situação e eleger uma nova diretoria.