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O plantio de soja na microrregião de Pato Branco deve ter um aumento de 3.000 hectares na safra 2008/2009. Pelo menos 20% da cultura já foi semeada. A estimativa da Seab (Secretaria de Agricultura e Abastecimento) é de que a área cultivada passe dos 234 mil hectares registrado na safra passada para 237 mil hectares neste ano. Segundo o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), Ivano Carniel, a soja deverá ocupar parte do espaço utilizado para o plantio do milho. Carniel explica que na região, historicamente o plantio de milho ocupa entre 30% e 35% de toda a área cultivada e a soja entre 65% e 70%. A variação neste ano está dentro do percentual de 5% que oscila entre milho e soja em cada safra. Segundo ele, o custo de produção do milho é o dobro da soja, além disso, a oleaginosa tem preço mais atrativo. Esses fatores explicam o aumento da safra.
A estimativa para a produção está entre 640 mil a 711 mil toneladas ou 2.700 a 3.000 quilos por hectare. Um dos atrativos para o plantio da soja está na alta do dólar. O produto é cotado pelo mercado internacional. Em Pato Branco, a saca de 60 quilos é comercializada entre R$ 38,00 e R$ 40,00. No ano passado, no mesmo período a saca do produto valia R$ 34,00. Porém os custos de produção já tiveram aumento para o agricultor. Com a crise internacional, houve alta nos insumos agrícolas que são feitos com matéria-prima importada.
O produtor Joslei Antonieti costumava plantar 40% da área cultivada em milho e 60% de soja. Neste ano ele está trabalhando com 75% de soja e 25% de milho. Ele confirmou que o custo de produção de milho é maior do que o da soja. Para cada 2,4 hectares de milho, são utilizadas 20 sacas de adubo e 15 de uréia. Já para a soja são apenas 15 sacas de adubo e não é necessária a uréia. Antonieti espera que o preço se mantenha acima de R$ 35,00 na época da colheita, prevista para março. “Acima de R$ 35,00 é um negócio para produtor”, disse.

Fonte: Diário do Sudoeste