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Registro - Agronegócio brasileiro exporta menos que 2007, indica Cepea
Data:
27/10/2008
O agronegócio continua se destacando nas exportações brasileiras. O volume exportado cresceu de forma acelerada até 2005, com um salto em 2007, de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A conhecida compensação entre preços em dólares e câmbio vem se manifestando até aqui: até 2004 o câmbio manteve-se desvalorizado e o os preços deprimidos; a seguir essas posições se invertem. Esse efeito tende a estabilizar relativamente os preços de exportação internalizados, destacam pesquisadores do Cepea. Considerando apenas o último ano, observou-se valorização cambial, aumento de preços internacionais e pequena queda do volume exportado. Soja e derivados e as carnes têm sido as commodities mais beneficiadas em termos de preços de exportação internalizados. Etanol, açúcar e suco de laranja estão na ponta perdedora. Esse resultado causa impacto enviesado regionalmente: as exportações têm sido bem menos favoráveis ao Sudeste do que às demais regiões. Não se pode alegar, portanto, que exportar não contribua para um crescimento nacional mais equilibrado. O professor Geraldo Barros e a pesquisadora Karlin Saori Ishii, do Cepea/Esalq-USP, destacam que a crise financeira iniciada nos países desenvolvidos tende a espalhar-se para a maioria dos países. No Brasil, a queda das cotações das commodities tem sido compensada, pelo menos até final e outubro/08, pelo aumento recente do dólar. A ação do Banco Central voltada para a recuperação da moeda nacional deve, pois, ter esse efeito compensação em conta: uma excessiva (e artificial) valorização do Real pode deprimir ainda em demasia os preços internos das commodities. Produtores rurais brasileiros já se acham muito pressionados pela queda já havida nas cotações e pela escassez de crédito, outro efeito da crise.