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Café - Oferta derruba café
Data:
28/10/2008
As incertezas no mercado financeiro e a forte alta do dólar nos últimos meses levaram os preços do café ao menor patamar desde maio do ano passado. Os contratos com entrega para dezembro fecharam em queda pelo sexto pregão consecutivo, cotados a US$ 107,75 centavos de dólar por libra-peso (0,454 quilos), baixa de 0,8%. Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, revela que ainda existe uma grande pressão para a queda dos preços em virtude da entrada da safra de três grandes produtores mundiais de café arábica. Segundo disse, a safra do Vietnã é estimada em 21 milhões de sacas de café (60 quilos) e a da Colômbia em 12,5 milhões de sacas. "Isso sem contar a do Brasil, que está estimada em 45 milhões de sacas". Ele diz que as boas notícias sobre as floradas dos cafezais brasileiros também influenciam o mercado baixista. "No curtíssimo prazo, a tendência é que os preços continuem caindo". Barabach explica que a diminuição da influência da crise no mercado, deve fortalecer a questão da oferta e demanda. "Só não sabemos até onde isso vai", completa. A soja tomou o caminho contrário e fechou com boa valorização na Bolsa de Chicago (CBOT). Os papéis com entrega para janeiro fecharam cotados a US$ 8,97 o bushel (27,2 quilos), alta de 3,5%. Gonçalo Terracini, analista da FCStone, o movimento é causado pela retração das vendas do produtor americano e à queda do dólar durante o dia. "Mas o mercado da soja continua atrelado ao financeiro. Não podemos dizer que já chegou ao fundo do poço", explica. Ele revela que a colheita da safra nos Estados Unidos está em 71% e o clima por está esfriando. "A produtividade abaixo da média associada a uma notícia de possível geada podem favorecer uma alta dos preços", explica Terracini. Ele explica que as atenções do mercado estão voltadas ao relatório do Departamento de Agricultura Americano (Usda), no próximo dia 10. "É possível que eles revisem para baixo a produtividade".