Corretora Mercado - Mercantil e Corretora de Mercadorias - Porto Alegre

Temporais dos últimos dias provocaram estragos em 29 municípios no Rio Grande do Sul. Várias culturas foram afetadas.
Só depois que a água baixou foi possível ver os estragos causados pela enchente. A chuva do final de semana destruiu meses de trabalho.
“Olhava de cima para baixo e achava que não era tanto. Cheguei aqui e me desesperei”, falou a agricultora Marlene Scot.
O agricultor Marcos Piccinini, produtor rural de Roca Sales, na região central do Estado, perdeu 30 hectares de milho. As plantas ficaram cobertas de lama. Ele calcula o prejuízo de mais de R$ 35 mil. Com a destruição dos nove hectares de pastagem, perdeu o principal alimento das vacas leiteiras.
“Vamos ter ir à base de silagem e ração. E a produção do leite cai pela metade”, falou seu Marcos.
Em outra propriedade, o deslizamento de terra destruiu partes do galpão. O abate dos 500 suínos teve que ser antecipado. O lugar vazio é sinônimo de prejuízo para o produtor.
A Emater ainda não tem o levantamento de todos os prejuízos causados pela chuva. Segundo os técnicos, as lavouras de fumo, milho e trigo foram as mais afetadas principalmente na região central do Estado.
“Ainda existem lugares que não se tem acesso. Então, nós estamos entrando em contato com esses produtores por telefone e tentando saber como está a situação. Mas não temos ainda um número concreto porque ainda não conseguimos falar com muitos agricultores”, esclareceu Carmem Françosi, agrônoma da Emater.
Com a casa alagada, a família da agricultora Sueli está dormindo em um caminhão emprestado. E no município do Vale do Sol, na região central do Estado, os bombeiros ainda procuram dois agricultores que desapareceram no fim de semana depois de serem arrastados pela enxurrada.
Sete municípios gaúchos decretaram situação de emergência. Sete mil pessoas estão desalojadas.

Fonte: Globo Rural