Os produtores de leite do Rio Grande do Sul fizeram novos protestos em várias regiões do Estado. Eles pedem aumento nos preços pagos pelos laticínios. Em Palmeira das Missões, no norte gaúcho, 400 manifestantes usaram correntes e cadeados para bloquear o acesso a um laticínio. No sul do Estado, distribuir o leite foi a forma que os produtores de São Lourenço do Sul encontraram para demonstrar a insatisfação com o preço que a indústria paga pelo litro do produto. Em Erechim, no norte gaúcho, a manifestação começou na praça central da cidade. Com bandeiras e faixas, cerca de 200 produtores saíram em caminhada até o Banco do Brasil. Eles ordenharam uma vaca em frente da agência e entregaram o balde de leite ao gerente, simbolizando o pagamento dos financiamentos. Os produtores gaúchos querem garantir um preço mínimo de R$ 0,60 por litro de leite. Em média, o preço pago hoje pelas indústrias é de R$ 0,36. Segundo os criadores, o custo diário por animal é de R$ 0, 40. “O investimento no animal é bastante e o pagamento é pouco”, afirmou a criadora Zélia Ferreira. A manifestação também foi para pedir a liberação de R$ 200 milhões em recursos no Ministério da Agricultura e Abastecimento, via Conab, para apoio a escoamento do leite no sul do país. “Tem que haver uma ação de governo como fez em outras situações como da soja, do arroz, do vinho, do algodão. É o governo intervir para equilibrar o preço para os produtores”, declarou o coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Altemir Tortelli.