As cotações do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o último pregão da semana em alta, impulsionadas pelas notícias de que a safra argentina será menor que o previsto. A queda do dólar também foi um dos fatores que abriram espaço para a valorização das commodities. Os contratos com entrega para março ficaram cotados em 574,50 centavos o bushel (27,2 quilos), alta de 2,8% em relação ao dia anterior. Na semana, o cereal fechou com valorização de 6%. A soja e o milho tiveram perdas na semana. A Bolsa de cereais da Argentina reduziu na sexta-feira, pela terceira vez, a previsão da safra de trigo. Conforme a agência Bloomberg News, a produção do próximo ano deve atingir 10,5 milhões de toneladas, uma redução de 500 mil toneladas em relação à estimativa anterior. As lavouras no país foram afetadas pela falta de chuvas nas principais regiões produtoras. Embora possua pouco peso diante de uma safra mundial estimada em 682 milhões de toneladas, analistas explicam que os estoques globais baixos e a grande quantidade destinada à produção de ração favorecem o movimento. A oleaginosa apresentou grande volatilidade na semana, mas as fortes quedas em dois dias seguidos por causa da desaceleração da economia mundial e da redução das compras na China determinaram a desvalorização. Na sexta-feira, os papéis com entrega em janeiro tiveram leve alta e ficaram cotados em US$ 8,96 o bushel (27,2 quilos), ganho de 0,2%. Na semana, a soja registrou queda de 2,7%. O milho também acompanhou o mesmo caminho por causa da queda na procura por carnes. Na sexta-feira, o grão também fechou com leve valorização, cotado a 380,25 centavos de dólar o bushel (25,4 quilos), alta de 0,8%. Nos últimos sete dias, porém, o milho teve um recuo de 1,2%. Após acumular quatro pregões de queda, o açúcar fechou o último dia da semana valorizado. Os contratos do tipo 11, com vencimento em maio, fecharam cotados a 11,98 centavos de dólar a libra-peso (0,45 quilos), alta de 1,7%. Segundo Miguel Biegai, analista da Safras & Mercado, explica que a queda do dólar favoreceu a valorização da commodity. Ele explica que, caso o petróleo fique abaixo dos US$ 50 o barril, os preços podem cair ainda mais. "O mercado para o etanol ficaria inviável e os produtores passariam a aumentar a produção de açúcar".
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As cotações do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o último pregão da semana em alta, impulsionadas pelas notícias de que a safra argentina será menor que o previsto. A queda do dólar também foi um dos fatores que abriram espaço para a valorização das commodities. Os contratos com entrega para março ficaram cotados em 574,50 centavos o bushel (27,2 quilos), alta de 2,8% em relação ao dia anterior. Na semana, o cereal fechou com valorização de 6%. A soja e o milho tiveram perdas na semana.