As cotações do milho subiram pelo terceiro pregão consecutivo com os rumores de que a chuva e a neve prejudicaram o andamento da colheita no Meio-Oeste americano, principal região produtora de grãos do país. Os contratos do milho com entrega para dezembro fecharam em 385,75 centavos de dólar o bushel (25,4 quilos), alta de 1,4%. Conforme informações da agência Bloomberg News, o Departamento de Agricultura Americano (Usda) disse que 70% da safra nos Estados Unidos foi colhida até o momento, número 92% menor que o mesmo período do ano anterior. Os preços da oleaginosa também acompanharam o movimento e fecharam valorizados. Os papéis com entrega para janeiro subiram 1,2% e fecharam em US$ 9 o bushel (27,2 quilos). Vinícius Ito, analista de commodities da Newedge, acrescenta que a divulgação de crescimento no volume das exportações de soja e milho na última semana favoreceram a alta dessas commodities. "Mas as commodities ainda não estão descoladas do mercado financeiro", avalia. O açúcar também fechou com leve alta por causa das informações de aumento na procura. Os contratos do tipo 11 com entrega para maio ficaram em 12,06 centavos de dólar a libra-peso (0,45 quilos), valorização de 0,6%. O Paquistão, terceiro maior consumidor da commodity na Ásia, anunciou que deve comprar 500 mil toneladas. Segundo analistas, a queda de 1 milhão de toneladas na produção do país deve aumentar a necessidade de importação. No ano anterior, o Paquistão exportou 400 mil toneladas da commodity. Preços do trigo recuam No sentido contrário, o trigo reverteu parte dos ganhos da semana passada e fechou em queda ontem. Os contratos para março fecharam em 554,00 centavos de dólar o bushel (27,2 quilos), recuo de 3,5%. Analistas creditam o movimento à valorização do dólar ante outras moedas, o que reduz o poder de compra de outros países e o volume das exportações americanas.