Soja - Cotações futuras de soja fecham com perdas pesadas
Data:
21/11/2008
Na quinta-feira as cotações futuras de soja fecharam com pesadas perdas na Bolsa de Chicago (CME Group). Esse acentuado foi atribuído por traders a ordens maciças de venda de soja futura em todos os vencimentos e também por fortes volumes de ordens de venda nos pregões de praticamente todas as commodities negociadas a futuro nos EUA pelos fundos de especulação. Essas vendas futuras generalizadas foram desencadeadas por renovados e graves receios de recessão econômica suscitados pelo número sazonalmente ajustado e divulgado no dia 20.11, relativo aos novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA efetuados durante a semana encerrada em quinze de novembro corrente, ou seja, o equivalente a perdas de 542.000 postos de trabalho. Na semana precedente, o número sazonalmente ajustado e revisto de novos desempregados norte-americano havia sido de 515.000. Para o público norte-americano são assustadores esses números semanais do Departamento do Trabalho do mencionado país (US Department of Labour). Ninguém sequer olhou para os fundamentos da soja (ou das outras commodities futuras vendidas). Conforme informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os registros de venda de soja norte-americana destinada à exportação efetuados na semana passada referiram-se a quantidades surpreendentemente elevadas da oleaginosa. Ou seja, tais registros totalizaram 790.900 toneladas de soja. Até treze de novembro, último as vendas de exportação acumuladas de soja norte-americana, perfaziam 59,1 % do total a ser exportado durante o ano-safra corrente (2008/2009), conforme projeção do USDA. O percentual médio dos cinco últimos anos-safra (até esta altura de cada ano-safra) é de 55,1 %. A exportação de soja dos EUA está indo de vento em popa (mas ninguém está ligando para isso, pelo menos por enquanto). Os prêmios de soja FOB portos norte americanos do Golfo do México continuam firmes graças à vigorosa demanda chinesa.