No extremo sul do gaúcho a estiagem já dura quase dois meses. A falta de água castiga as criações e as lavouras. Há pelo menos seis anos não se via uma seca como essa nas lavouras de arroz de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho. A região é a segunda maior produtora de arroz do Rio Grande do Sul. O plantio foi feito há mais de 30 dias e poucas sementes germinaram. Em condições normais de clima, a germinação aconteceria em 15 dias. Não é preciso procurar muito para encontrar sementes que não brotaram e isso pegou os produtores de surpresa. - Não era esperado. As previsões davam que a gente ia ter as chuvas dentro da normalidade, mas não aconteceu - disse agrônomo Giuseppe Morroni. E não é só nas lavouras de arroz que a seca provoca prejuízos. A falta de chuva também está causando a morte de animais em algumas propriedades. Na fazenda visitada pela reportagem são criadas 540 cabeças de gado. Pelo menos 30 vacas morreram em função da seca. O capataz da propriedade Regis Acunha está com medo de perder mais animais. - Chove muito pouco. Não tem pasto. Tem que se manter com o que tem. Até uma pastagem que nós plantamos não veio nada - afirmou.