Trigo - Triticultores solicitam credenciamento de armazéns e aumento do prêmio do PEP
Data:
26/11/2008
As principais lideranças da cadeia produtiva do trigo do Rio Grande do Sul e do Paraná expuseram, nessa terça-feira (25), ao secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, que os produtores dos dois estados vivem um drama e precisam da ajuda governamental para comercializar o cereal. Dentre as reivindicações do setor estão a agilização por parte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para credenciar armazéns próximos as regiões de maior produção e aumentar o prêmio do Programa de Escoamento de Produção (PEP). Segundo o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), o governo disponibilizou dinheiro suficiente para operar os mecanismos de Aquisição do Governo Federal (AGF), Contratos de Opção e PEP, mas existem alguns gargalos que dificultam a obtenção dos recursos. “A falta de armazéns credenciados nas regiões onde mais se produz dificulta a operacionalização dos suportes de compra do governo”, expõe. Quanto a elevação da subvenção do PEP, o parlamentar gaúcho disse que é importante para que o agricultor possa pagar seus financiamentos e também planejar a próxima safra. “Do mesmo modo que estimulou o plantio de trigo, agora é o momento do governo apoiar a comercialização”, ressalta. Outra preocupação do setor diz respeito a importação do grão de países que não integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Segundo Heinze, é preciso estabelecer limites que impeçam a entrada de trigo de fora do bloco no Brasil. “Se hoje o mercado está retraído um dos motivos é a entrada de mais de 1,5 milhão de cereal produzido em países que não pertencem ao Mercosul. Só do Canadá e Estados Unidos foram importados mais de 1 milhão até setembro”, salienta. Além do deputado Heinze, participaram do encontro representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) e da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra).. As informações são da assessoria de imprensa do deputado federal Luis Carlos Heinze.