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Soja - Estimativas apontam redução de custos para controlar ferrugem da soja
Data: 27/11/2008
 
As estimativas de custo do controle químico da ferrugem asiática da soja, realizadas pela /Embrapa Agropecuária Oeste/ (Dourados, MS), mostram que, desde a safra 2004/05, os gastos vêm decaindo significativamente no município. Isso ocorre devido à redução dos preços dos fungicidas e ao aumento da oferta de produtos indicados para o controle da doença.
A análise constata que o custo maior foi registrado na safra 2003/04, quando foram iniciadas as estimativas do custo para o controle da ferrugem. “Uma aplicação de fungicida, que naquela safra custava, em média, R$ 91,25, em 2008/09 está estimada em R$ 40,75. A redução é de 54,4%”, diz o analista da Embrapa Alceu Richetti.
O custo do controle químico da ferrugem é composto por duas partes: pulverização (máquina) e fungicida. Para calcular os gastos com aplicação, foram considerados os custos fixos (juros sobre o capital aplicado em máquinas, depreciação e seguro relativos a um trator de 86 cv + pulverizador de arrasto com tanque de dois mil litros e pulverizador autopropelido com tanque de dois mil lts) e os variáveis (mão-de-obra, manutenção das máquinas, combustível, etc). “O custo máquina por hectare de uma pulverização com trator e pulverizador de arrasto, foi estimado em R$ 11,10 e utilizando o pulverizador autopropelido foi de R$ 8,44”, explica Richetti.
Quanto aos gastos dos fungicidas, foram levantados os preços dos produtos em outubro de 2008. De acordo com as dosagens recomendadas, variam entre R$ 15,93 e R$ 40,25. Para os fungicidas aos quais se recomenda a aplicação de adjuvantes foi adicionado o custo dele. Assim, a aplicação (máquina + produtos) usando trator e pulverizador de arrasto ficou entre R$ 27,03 e R$ 57,05, e usando pulverizador autopropelido ficou entre R$ 24,37 e R$ 54,39. Dependendo do local de aquisição dos fungicidas, pode haver alteração nos valores.
O analista destaca que o controle da ferrugem é altamente viável, considerando que, em condições ótimas para o desenvolvimento da doença, as perdas na produtividade da soja podem chegar a 80%. Uma redução relativa do custo do controle também pode ser observada quando ele for feito junto ao controle das doenças de final de ciclo. “Ao fazer o monitoramento adequado da lavoura, o produtor poderá constatar a necessidade de realizar mais de uma aplicação do fungicida, implicando em aumento dos custos do controle da doença”, alerta Richetti.
De acordo com os especialistas, a ferrugem da soja é uma doença que exige muita atenção por parte do produtor. De acordo com o fitopatologista da /Embrapa Agropecuária Oeste/, Alexandre Roese, o momento ideal para aplicação de fungicidas é no surgimento das primeiras pústulas da doença, conhecido por muitos como “controle curativo”.
“Mas para que essa aplicação seja eficiente, é necessário vistoriar a lavoura freqüentemente, intensificando esta prática após o florescimento da soja, quando as chances de ocorrência da ferrugem são maiores, a fim de não perder o ponto ideal de aplicação”, explica Alexandre.
Ele indica que a vistoria das lavouras seja feita, pelo menos, de duas a três vezes por semana, à procura dos sintomas iniciais da doença nas folhas da parte de baixo das plantas, nos locais mais úmidos da lavoura e semeados mais cedo. Outra orientação é que na hora de aplicar o fungicida, deve-se ficar atento para a tecnologia de aplicação, observando-se as regulagens dos equipamentos de pulverização, as condições climáticas do momento, o volume de calda e o tamanho de gotas, além de outras recomendações dos fabricantes de fungicidas.

Critérios
Segundo o fitopatologista, a aplicação preventiva de fungicidas deve basear-se em critérios técnicos que a justifiquem. Neste caso, os principais fatores a considerar são: o estágio de desenvolvimento da soja (a partir do florescimento as chances de ocorrência da doença são maiores); a época de semeadura (quanto mais tarde a semeadura, maiores as chances de ocorrência da doença, devido à multiplicação do inóculo em outras lavouras); a capacidade operacional para aplicação do fungicida; as condições climáticas (chuvas freqüentes favorecem a doença e dificultam a entrada na lavoura para aplicação do fungicida); a situação da ferrugem na região, e a ocorrência de outras doenças.
Lembrando que a ferrugem se dissemina muito rapidamente na lavoura, Alexandre alerta que é importante cuidar para não perder o ponto ideal de aplicação do fungicida, pois alguns dias de atraso podem comprometer toda a estratégia de controle. “O que não se recomenda é que o produtor aplique fungicidas de forma “calendarizada”, sem verificar se a doença já se instalou na lavoura. Ou seja, deve-se evitar a aplicação de fungicidas em datas ou etapas de desenvolvimento previamente definidos, sem monitoramento e sem critérios técnicos, pois são grandes as chances de o controle não ser eficiente e os custos dele serem maiores, além de aumentar o risco de induzir o fungo causador da ferrugem a tornar-se resistente aos fungicidas”, conclui.

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados (MS)


 
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