Trigo - Setor do trigo pede ajuda para comercialização
Data:
01/12/2008
As principais lideranças da cadeia produtiva do trigo do Paraná e do Rio Grande do Sul expuseram na última semana semana, ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, que os produtores dos dois estados vivem um drama e precisam da ajuda governamental para comercializar o cereal. Estavam presentes na reunião, o superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), além de representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) e da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra). Dentre as reivindicações do setor estão a agilização por parte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para credenciar armazéns próximos as regiões de maior produção e aumentar o prêmio do Programa de Escoamento de Produção (PEP). Outra preocupação do setor diz respeito a importação do grão de países que não integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Mais recursos Os produtores pediram ainda mais incentivos governamentais para o trigo, especialmente para a comercialização em 2009. "Até o momento, nesse ano-safra, o governo comprometeu R$ 521 milhões para garantir preços mínimos para o trigo", observou o diretor da SPA, José Maria dos Anjos. O diretor lembra ainda que o governo já atendeu a várias reivindicações dos produtores por meio do Pep do trigo, aumentando, por exemplo, o valor de R$ 152 para R$ 178 a tonelada. "Estamos sempre nos valendo dos instrumentos de apoio à comercialização, criados para incentivar o setor. Além disso, várias outras medidas têm sido tomadas para irrigar todos os setores da agricultura, o que certamente se refletirá na comercialização de 2009", informou.
Instrumentos AGF é um mecanismo que garante o preço mínimo dos produtos agrícolas, mediante a compra diretamente do produtor ou cooperativa pelo governo. Os produtos são incorporados ao estoque governamental e devem estar armazenados em locais cadastrados pela Conab. Já o Pep, é realizado por meio de leilão. O governo cobre a diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado. Pode ser utilizado para complementar o abastecimento em regiões deficitárias a partir de estoques privados.