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Safra - Crise provoca redução na safra 2008/2009 e deflação
Data: 08/12/2008
 
O fim de ano chega sem motivos para o produtor brasileiro comemorar. A previsão de queda para a safra de grãos 2008/2009 é confirmada pelo governo e o setor de comércio já exerce forte pressão para a queda do preço dos alimentos. Somente os produtos industrializados recuaram de 2,12% para -0,55%, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com números desencontrados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) divulgaram seus levantamentos de safra, apontando redução de 3,8% e 2,5%, respectivamente. Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a queda deverá ser ainda maior, da ordem de 5%, o que resultaria numa safra de 136,67 milhões de toneladas de grãos. A redução na oferta de grãos é atribuída as baixas cotações das matérias-primas, especialmente milho e algodão, e as restrições de crédito, sobretudo para o plantio de soja.


Os produtores, por sua vez, são ainda mais pessimistas e acreditam que até o momento da colheita a retração será mais substancial. Além de uma diminuição na produtividade devido ao menor uso de fertilizantes, os agricultores alertam que o levantamento da CONAB terminou no dia 21 de novembro, quando problemas climáticos em regiões produtores ainda não tinham se agravado.
"Os próximos levantamentos vão mostrar uma redução maior. Aqui tem região que não chove há 20 dias, e 10 dias no campo pode representar uma perda total", afirma Carmélio Roos, produtor de milho e soja no Mato Grosso do Sul.
Para ele, que também é representante dos produtores de sementes e mudas no estado, a produção de soja prevista em 4,5 milhões de toneladas no MS não deverá passar de 3,8 milhões. "Isso se o clima normalizar e não tiver mais nenhum imprevisto", diz.
As previsões para milho e algodão também são mais baixistas que a estimada pelo governo. O recuo esperado para as duas culturas no estado é de 10% e 25%.
Em relação à política agrícola do governo e a política de preço mínimos o presidente da Aprossul garante que não funciona como um estímulo ao agricultor. Para Roos, a cada ano está mais difícil produzir e na sua avaliação a única saída para o produtor se recuperar é decretando moratória.
No Paraná, foi a estiagem mudou os planos dos agricultores. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), 18% da safra de milho estimada em 1,27 milhão de hectares se encontra em situação preocupante em razão do déficit hídrico. Ainda de acordo com o órgão, a produtividade do feijão obtida até agora está 28% abaixo do esperado. Com isso, já é possível prever uma queda de 4% na produção do grão, para 581,8 mil toneladas.
Valter Bianchini, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, não descartou um agravamento das perdas caso as chuvas não ocorram nos próximos dias e manifestou preocupação com os pedidos de seguro agrícola que começam a se avolumar nos bancos que financiaram o plantio da safra 2008/2009.

Preços
O preço dos produtos agrícolas, que puxaram a inflação na maior parte do ano, começam a dar sinais de desaceleração. O Índice de Preços por Atacado (IPA), divulgado pela FGV, teve deflação de 0,17% em novembro, contra alta de 1,36% do mês anterior. A principal contribuição para a desaceleração partiu do subgrupo alimentos processados (de 2,12% para -0,55%). O índice de preços de matérias-primas brutas também desacelerou. Após uma alta de 1,82% em outubro o indicador registrou 0,26%, em novembro, com destaque para a diminuição no ritmo de alta dos preços dos itens arroz (3,47% para -6,59%), bovinos (-0,01% para -2,84%) e feijão em grão (-21,45%).
Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, muitos produtos agrícolas, de peso na inflação, estão caindo de preço no atacado, e isso deve ser repassado para o varejo em breve.
Durante o anúncio da safra, o ministro Stephanes destacou a necessidade de garantir a comercialização dos alimentos. "Para isso, vamos utilizar os instrumentos atuais, como a formação de estoques. Se precisarmos alterar medidas relacionadas à política agrícola, vamos agir. É importante que o agricultor acredite na próxima safra", afirmou.
Em relação ao arroz, o ministro enfatizou que a produtividade deverá ser mantida e que existe um milhão de toneladas em estoque, volume considerado suficiente para abastecer o mercado interno e continuar assegurando preços remuneratórios para o produtor.

Fonte: DCI - SP
 
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