Arroz - Companhia de Silos e Armazéns do RS prepara embarque de arroz em Rio Grande
Data:
11/12/2008
Com transporte de 9 mil toneladas companhia pretende dar início à navegação de cabotagem em janeiro. Está previsto para janeiro o primeiro embarque de arroz em navio de cabotagem na unidade da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. As primeiras 9 mil toneladas devem ir para o Pará e Maranhão. Antes do embarque inaugural, será feito na próxima semana um teste de carregamento. Em uma barcaça pequena, serão transportadas 2,2 mil toneladas de arroz até o complexo Termasa/Tergrasa, no Porto do Rio Grande. Segundo o diretor técnico da Cesa, Luis Carlos Oliveira, o objetivo é definir a cadência com que irão operar, ou seja, o volume por hora de carregamento: – Nossa meta principal é a exportação, e é preciso acertar todos os detalhes para informar com precisão aos futuros armadores e agentes. Os equipamentos que farão o transporte da carga entre os silos e as embarcações já foram testados e estão em plena condição. O carregamento ainda não ocorreu porque a Cesa aguarda a vinda do restante da carga. Há 1,5 mil toneladas armazenadas no pátio da empresa, destinadas à operação de teste. – A crise levou algumas empresas a segurar os negócios – explica o supervisor operacional da unidade, Nelci Locatelli. Os silos da unidade rio-grandina da Cesa têm capacidade total para armazenagem de 58 mil toneladas. A companhia vinha sendo utilizada apenas para esse fim, como depósito para grãos que, para serem exportados, são levados por via rodoviária até o complexo Termasa/Tergrasa, no Porto de Rio Grande. O transporte de cabotagem (navegação marítima realizada no próprio país, ligando portos nacionais através de rios e lagos) deve surgir como uma alternativa viável para compor a cadeia de suprimentos de diversos setores. Entre os produtores gaúchos, os de arroz serão os grandes beneficiados. O presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz, Maurício Fischer, afirma que a iniciativa surge em ótimo momento. Segundo ele, o setor promove um incremento considerável em sua produção – os gaúchos são responsáveis por 62% da produção de arroz do Brasil – e é preciso encontrar novas alternativas de escoamento para desafogar o transporte terrestre. Fischer lembra que, mesmo disputando espaço com a soja no porto rio-grandino, o Rio Grande do Sul conseguiu bater o recorde de exportações de arroz no primeiro semestre. – Com o local definido, o Estado tem tudo para se transformar em um grande exportador de arroz – projeta. A data de inauguração oficial da reativação da unidade da Cesa ainda não foi definida, e não há mercadorias com embarque previsto para o Exterior.
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Com transporte de 9 mil toneladas companhia pretende dar início à navegação de cabotagem em janeiro.