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Vinho - Vinoeste começou a investir na plantação de videiras há oito anos
Data: 12/12/2008
 
Depois de duas amostras do vinho produzido pela Cooperativa Vitivinícola de Uruguaiana (Vinoeste), enviadas à República Checa caírem no gosto de restaurantes e empresários, é hora de consolidar negócio com o país europeu.
Até o final de janeiro, a Vinoeste deverá exportar de 145 a 290 caixas do vinho Santana Velha, feito com uvas plantadas em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Fazem parte da cooperativa 24 sócios, mas apenas 12 deles já colheram uvas. O restante começa a colher a partir de 2009. Ao todo, 50 hectares da fruta são plantados no município. As primeiras videiras foram plantadas em 2000. A fabricação de vinho só começou em 2007, depois que uma parceria entre a prefeitura de Uruguaiana e o Ministério da Integração Nacional investiu quase R$ 2 milhões na criação de uma cantina. Desde então, 52 mil litros de vinho foram fabricados.
– Temos a garantia de que vamos vender tudo que produzimos para beneficiamento na cooperativa. A uva é uma fruta que estraga rápido. Vender e beneficiar evita desperdício – diz Luís Pedro Chiste, um dos produtores e associados da Vinoeste.
Nas terras de Uruguaiana, com histórico de abrigar videiras que resultaram em vinhos premiados na Itália entre 1875 e 1911, são produzidas principalmente as uvas caberten sauvignon, merlot, sauvignon blanc, riesling italico e chardonnay. Só em 2008, foram colhidas 45 toneladas de uvas. Até o momento, somente vinho tinto foi fabricado. Mas, em 2009, os brancos deverão ser produzidos.
O presidente da Vinoeste, Fábio Gallarreta, explica que a cooperativa foi criada a partir de um problema de mercado:
– Antes, a uva era vendida para a Serra. Como os vinhos importados caíram no gosto dos brasileiros, as vinícolas nacionais ficaram com seus estoques cheios. Ter como fazer nosso próprio vinho foi alternativa para a uva não se perder. Claro que com isso compramos uma nova briga: a de mercado. Vender para fora do país é uma boa solução – diz Gallarreta.

Fonte: Zero Hora
 
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