A aprovação do milho resistente a herbicida e insetos da Du Pont pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), na última reunião do ano, realizada nessa quinta-feira (11), aumenta as oportunidades para o milho brasileiro no mercado internacional, segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein."Com mais essa variedade, o Brasil passa a ter mais condições de competir com Estados Unidos e Argentina, os maiores produtores mundiais", afirma o executivo. Ele lembra que os produtores americanos têm hoje 24 tipos diferentes de milho transgênico e os argentinos, 10. "Agora já temos seis variedades de milho, além do convencional, disponíveis para o produtor. Essa multiplicidade é fundamental para diminuir os custos de produção, a ação de agentes externos, como insetos, e garantir maior produtividade horária", ressalta Klein. Ele lembra que os avanços tecnológicos só fazem beneficiar os produtores, que passam a ter mais opções para plantar. O milho aprovado ontem, tido como de "segunda geração", pois tem dois genes alterados, é resistente ao herbicida glufosinato de amônio e aos ataques da lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas da agricultura brasileira. O presidente da Abramilho também destacou a atuação da CTNBio. Segundo ele, é a existência de leis e normas técnicas que avalizam a eficiência das análises e aprovações. "Os altos níveis de exigência da comissão técnica são garantia de que os organismos geneticamente modificados podem ser desenvolvidos com segurança no Brasil", salienta Klein.