Tempo - Chuva beneficia pastos e áreas de soja e milho em SP
Data:
24/12/2008
Após mais de um mês de chuva escassa e mal distribuída, a chuva intensa em todo o Sudeste manteve o tempo nublado e reduziu a temperatura ao longo da semana. A precipitação acumulada passou de 50 milímetros em Campinas, Franca, Jaboticabal, Jaú, Ribeirão Preto e São José do Rio Pardo. Apenas em Itapeva, Sorocaba, Ilha Solteira e Presidente Prudente houve deficiência hídrica, com efeito negativo sobre as lavouras de soja e feijão em fase de desenvolvimento e florescimento.
Em Barretos, Jaboticabal e Piracicaba - onde a umidade era crítica - as chuvas, ainda insuficientes, quebraram o ciclo de deficiência hídrica iniciado no começo de novembro. Com isso, houve melhora na condição das áreas de laranja, amendoim e nos pastos. Nas áreas de milho, além de recuperar o vigor das plantas, a chuva deve reduzir a incidência da lagarta-do-cartucho. Nas lavouras de soja, a chuva favoreceu a germinação e o estabelecimento das lavouras.
Nos canaviais de Ribeirão Preto, Jaú, Ourinhos e Araçatuba, a chuva beneficia as soqueiras e o baixo volume de chuva de novembro beneficiou a colheita e o transporte, além de elevar o rendimento industrial da cana. A seca também reverteu parte das perdas e atrasos provocados pelo excesso de chuvas no início da safra e reduziu a área de cana que permaneceria nos campos, colhida na próxima safra com prejuízo para os produtores.
O armazenamento hídrico médio do Estado passou de 70% da capacidade máxima, com umidade relativamente baixa no sul, oeste e noroeste paulista.
MONITORAMENTO
O tempo no nublado e chuvoso elevou a umidade do ar, favorecendo o surgimento de doenças fúngicas. Os produtores devem intensificar o monitoramento nos cafezais de Espírito Santo do Pinhal, Mococa e São José do Rio Pardo; nas parreiras de uva de Jales e Fernandópolis; e nos bananais de Registro, Iguape e Juquiá.
O tempo chuvoso dificultou a colheita da uva em Vinhedo, Itupeva e Valinhos; do figo em Campinas e Indaiatuba; da manga em Fernando Prestes e Monte Alto; de lichia em Tupã e Bastos; do pêssego em Avaré; de ameixa em Mogi das Cruzes e Jarinu; e da macadâmia em Santa Rita do Passa Quarto e São Sebastião da Grama.
*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br