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Café - Safra baiana de café será menor
Data: 05/01/2008
 
Os cafeicultores do cerrado baiano acompanham a tendência nacional e mundial de retração econômica que deverá se refletir diretamente na produção e produtividade da próxima safra no Estado. A estimativa da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé) é que, este ano, a produção estadual não deve passar de 2 milhões de sacas (de 60 kg), dentre outros fatores, pela aplicação reduzida de fertilizantes, que tiveram aumentos superiores a 100% de uma safra para outra.
A previsão já era de uma safra menor do que a atual, estimada em 2,14 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), devido ao ciclo da bienalidade da produção.
Essa bienalidade é característica dos cafeeiros e outras plantas frutíferas e significa que em uma safra os pés produzem mais, enquanto na seguinte apresentam uma diminuição nesta produtividade.
De acordo com o presidente da Assocafé, João Lopes de Araújo, nas regiões que produzem café de sequeiro o atraso de 120 dias para o início das chuvas vai agravar ainda mais a situação, apontando para um cenário pessimista.
Ele explica que essa estiagem retardou a florada em várias regiões para janeiro e fevereiro.
"O que é muito tarde para o ciclo da cultura", diz.
No cerrado do oeste baiano, onde são cultivados 13.753 hectares de café do tipo arábica da variedade Catuai vermelho 144, a florada é controlada através da irrigação, sistema que atinge 100% das lavouras cafeeiras da região. Mesmo com esse método que inclui o estresse hídrico, os frutos, que ainda estão verdes, não são homogêneos e se apresentam de diversos tamanhos.

DESVALORIZAÇÃO

"Quando a variação é muito grande, o café sofre desvalorização no mercado pela influência dos grãos mais verdes no sabor do produto final", explica Lucas Favaro Garcia, presidente da Bahia Coffee, associação que reúne cafeicultores do cerrado baiano. Cafeicultor paulista, há cerca de quatro anos, ele investe na cafeicultura no oeste da Bahia e afirma que o setor se ressente dos preços baixos da saca de café nos últimos oito anos, chegando ao patamar de R$ 100 a saca de 60 kg.
Em meados de dezembro do ano passado a saca custava em torno de R$ 240.
"Isso paga o custo, mas não remunera o investimento", reclama Favaro, destacando a produtividade da região, que chega a superar as 50 sacas/ha, enquanto que a média nacional é de 21,63 sacas/ha (fonte Conab).
Como maior dificuldade para este ano para o setor, ele destaca o custo da tonelada de uréia (fertilizante), que custava R$ 600, chegou a R$ 1.600 e estabilizou em R$ 950.
"Apesar da produtividade alta, pelo fato de ser toda irrigada, a cultura também demanda investimentos superiores às regiões de sequeiro", destaca Glauber de Castro. Cafeicultor de Minas Gerais, Glauber é dos novos investidores atraídos para a Bahia, principalmente pelas condições climáticas favoráveis, que induzem à produção já no primeiro ano após o plantio. Ele é otimista e para este ano espera que a saca alcance R$ 300, para compensar os recursos aplicados na cultura.
Pesquisas incrementam a atividade no oeste baiano
No VIII Encontro Anual da Cafeicultura do Cerrado da Bahia, realizado no município de Luís Eduardo Magalhães mês passado, a tônica das discussões foi a pesquisa empreendida na região pela Associação dos Produtores da Bahia (Aiba), a Fundação Bahia e empresas privadas.
O dia de campo aconteceu na Fazenda Morena, do grupo Arakatu, onde existem 32 trabalhos em andamento. Segundo o pesquisador Wesley Moreira, coordenador desses experimentos, desde 2001 a cafeicultura irrigada do cerrado baiano é objeto de estudos compreendendo desde o espaçamento entre plantas e entre linhas à adubação, com um cuidado especial para os viveiros de mudas.
"Estamos experimentando diversos substratos para facilitar a germinação da semente, bem como vários tamanhos e materiais para os recipientes, de modo que facilite a adaptação da muda no local definitivo da planta", acentua.
Engenheiro-agrônomo e pesquisador de café em outras regiões produtoras do Brasil há 40 anos, Gabriel Bartholo está chegando à região como coordenador do Programa Integrado de Pesquisa (PIP), lançado em final de 2008, e ressalta que, pelas condições diferenciadas do extremo oeste baiano, existe a necessidade da geração de uma tecnologia própria para ser aplicada na região.
Entre as prioridades do PIP está a seleção de novas cultivares, especialmente aquelas com maior resistência ao bicho mineiro. A lagarta, que se hospeda e se alimenta das folhas do cafeeiro, é apontada como a maior inimiga dessa cultura, pois onde se instala suga toda a seiva, matando as folhas, o que causa o enfraquecimento da planta, com reflexos na produtividade.

Fonte: A Tarde
 
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