Os problemas com o clima na América do Sul impulsionaram as cotações dos principais grãos no pregão de ontem. As cotações da soja subiram pelo segundo dia consecutivo e os contratos com vencimento em março ficaram em US$ 10,16 o bushel (27,2 quilos), valorização de 2,9%. A expectativa é que o clima quente e seco atinja o Brasil e a Argentina nos próximos dias, os maiores produtores de grãos depois dos Estados Unidos. As temperaturas devem ficar acima do normal nos próximos dez dias e a Argentina deve receber menos de 1,3 cm de chuva nos próximos cinco dias, disse Joel Widenor, meteorologista da MDA EarthSat Weather Services, em Maryland. Ele acrescentou que o tempo seco e quente deve chegar ao Brasil em fevereiro, ameaçando a soja.Impulsionado pelo mesmo motivo, os preços dos contratos de milho com entrega para maio fecharam em 438 centavos de dólar o bushel (25,4 quilos), alta de 3,9%. "Os problemas com as plantações na América do Sul já estão levando a altas nos mercados norte-americanos", explicou Brian Grete, analista de mercado da Professional Farmers of America, em Cedar Falls, Iowa. O trigo acompanhou o movimento de alta por causa das informações de novas compras no mercado. Os papéis da commodity com entrega em maio subiu 4,2% e fechou valendo 656,50 centavos de dólar o bushel (27,2 quilos). O Japão anunciou que planeja comprar 106 mil toneladas dos estoques americanos e mais 21 mil toneladas do Canadá. Pelo menos mais 100 mil toneladas deverão ser negociadas nos próximos dias. As cotações do algodão também subiram favorecidas pelos rumores de que a produção mundial deverá recuar mais que a demanda. Os contratos com entrega para maio fecharam em 50,60 centavos de dólar a libra-peso (0,45 quilos), alta de 3,8%.