Trigo - Triticultor gaúcho terá mais R$ 50 milhões para EGF
Data:
08/01/2009
Com preço de mercado abaixo do custo de produção, triticultores gaúchos ganham fôlego nesta semana para esperar valorização que estimule a venda da safra. O Banco do Brasil (BB) aumentou de R$ 200 milhões para R$ 250 milhões a verba para Empréstimo do Governo Federal (EGF) e deve confirmar, nos próximos dias, a prorrogação de custeios que vencem a partir de 15 de janeiro. Para todo o Brasil, serão alocados mais R$ 300 milhões para EGF. As parcelas com pagamento programado de janeiro a abril deste ano devem ser cobradas em vencimento único em junho, adiantou o superintendente estadual do BB, Ary Joel Lanzarin. 'Acreditamos que haverá melhor condição de comercialização.' O setor reagiu positivamente, embora defendesse o reescalonamento mensal dos débitos a partir de abril. Para o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, a parcela única cria concentração de comercialização, o que pode causar impacto negativo sobre o preço do grão. Rodrigues pondera que, após esse período, os estoques da indústria estarão menores. 'Não é o ideal mas, como paliativo, está bom. O produtor terá mais tempo para esperar pela recuperação.' Nos últimos dias, o preço da saca oscilou entre R$ 23,00 e R$ 24,00, contra custo de produção de R$ 36,06, apurado pela Fecoagro. Contudo, em propriedades com rendimento superior à média estadual de 40 sacas por hectare, a venda a partir de R$ 30,00 já torna o negócio interessante, explica o consultor da Fecoagro Tarcísio Minetto. O vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda, avalia que, entre as ações, o adiamento do custeio terá maior impacto, pois nem todos os produtores terão condições para acessar EGF. 'É uma medida necessária para a retenção do produto até reação do mercado.'