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Trigo - Setor do trigo espera manutenção de apoio à comercialização
Data: 08/01/2009
 
Ao lon­go do úl­ti­mo se­mes­tre, o go­ver­no com­prou tri­go pa­ra com­por os es­to­ques da Com­pa­nhia Na­cio­nal de Abas­te­ci­men­to (Co­nab), via Aqui­si­ções do Go­ver­no Fe­de­ral (AGF), lan­çou con­tra­tos de op­ção de ven­da fu­tu­ra (me­ca­nis­mo que ga­ran­te de­ter­mi­na­do pre­ço, no ca­so de exer­cí­cio do tí­tu­lo, a par­tir de mar­ço de 2009), li­be­rou Em­prés­ti­mos do Go­ver­no Fe­de­ral (EGF) pa­ra fi­nan­ciar a es­to­ca­gem nas pro­prie­da­des e rea­li­zou lei­lões de Prê­mio de Es­coa­men­to de Pro­du­to (PEP), sub­si­dian­do o fre­te pa­ra que moi­nhos do Nor­des­te com­prem tri­go do Sul do ­País ao in­vés de im­por­tar.
  O sub­sí­dio é uma com­pen­sa­ção aos al­tos cus­tos do fre­te de ca­bo­ta­gem, que tor­nam ­mais viá­vel pa­ra a in­dús­tria moa­gei­ra do Nor­des­te com­prar tri­go da Ar­gen­ti­na que do Rio Gran­de do Sul. Os lei­lões de PEP rea­li­za­dos até ago­ra ti­ve­ram de­man­da ape­nas pon­tual. A in­dús­tria do Nor­des­te ale­ga que, a exem­plo dos moi­nhos do Sul e do Su­des­te, pos­ter­ga­rá as com­pras até con­su­mir os es­to­ques. ‘‘Nin­guém vai se pre­ci­pi­tar. To­dos es­tão com me­do de com­prar tri­go ca­ro e os pre­ços caí­rem ­mais’’, diz Adria­no Cam­pos, di­re­tor do Moi­nho Cea­ren­se e do Moi­nho Pau­lis­ta.
  Ele ad­mi­te que ‘‘há um cer­to ner­vo­sis­mo na ­área de ­produção’’, mas re­co­men­da aos pro­du­to­res e coo­pe­ra­ti­vas que es­pe­rem até fe­ve­rei­ro. ‘‘É quan­do co­me­ça­rão a ­ven-der’’, afir­ma.
  A dú­vi­da é se o go­ver­no man­te­rá em 2009 os me­ca­nis­mos de ­apoio à co­mer­cia­li­za­ção do tri­go. Co­men­ta-se no mer­ca­do que o go­ver­no já te­ria apoia­do – via com­pra di­re­ta ao pro­du­tor, con­tra­to de op­ção ou sub­sí­dios de fre­te – 1,1 mi­lhão de to­ne­la­das de tri­go, vo­lu­me ‘‘pró­xi­mo do ­limite’’ pa­ra es­ta sa­fra.
  Mas o se­tor pro­du­ti­vo es­pe­ra que a aju­da se­ja man­ti­da pe­lo me­nos no iní­cio do ano, quan­do a in­dús­tria em ge­ral com­pra me­nos por­que o con­su­mo cai de­vi­do às al­tas tem­pe­ra­tu­ras do ve­rão. Por en­quan­to, só es­tá con­fir­ma­do um lei­lão de PEP pa­ra a ho­je.
  ­Além de PEP pa­ra es­ti­mu­lar o es­coa­men­to do ex­ce­den­te de sa­fra, o se­tor pro­du­ti­vo pe­de que os lei­lões de con­tra­to de op­ção de ven­da fu­tu­ra se­jam am­plia­dos de for­ma a di­mi­nuir a dis­pu­ta, que ge­rou ­ágio so­bre o prê­mio pa­go pe­los pro­du­to­res nos lei­lões rea­li­za­dos em no­vem­bro e de­zem­bro. ‘‘O go­ver­no si­na­li­zou um pre­ço de R$ 530 a to­ne­la­da pa­ra mar­ço. O pro­du­tor per­ce­beu que di­fi­cil­men­te o mer­ca­do pa­ga­rá es­te va­lor e de­ci­diu ne­go­ciar com o ­governo’’, diz Flá­vio Tur­ra, as­ses­sor téc­ni­co e eco­nô­mi­co da Or­ga­ni­za­ção das Coo­pe­ra­ti­vas do Pa­ra­ná (Oce­par). ‘‘Va­mos pe­dir pe­lo me­nos ­mais um lei­lão de con­tra­tos de op­ção em ja­nei­ro pa­ra aju­dar na co­mer­cia­li­za­ção.’’
Espaço para novos importadores
A produção brasileira de trigo superou em 2008 as 5,5 milhões de toneladas para um consumo de 10,5 milhões de toneladas/ano. A Argentina deve produzir um volume entre 10 milhões e 10,5 milhões de toneladas, quase 5 milhões de toneladas menos que em 2007, por conta de problemas climáticos. Com isso, o saldo exportável deve ficar abaixo de 5 milhões de toneladas, volume que atende o Brasil, mas que deve ser disputado por outros mercados também.
Em 2008, quando a Argentina represou as vendas externas de trigo para controlar a inflação interna, o governo brasileiro retirou temporariamente a TEC incidente sobre as importações de trigo de outros países. O resultado foi uma participação maior de outros países para atender o volume não fornecido pela Argentina.
De janeiro a novembro, o Brasil importou 5,6 milhões de toneladas de trigo contra 6,2 milhões de t em igual período do ano passado. Dos Estados Unidos vieram 907 mil t, do Paraguai, 465 mil t, do Canadá, 273 mil t e do Uruguai, 88 mil t. A Argentina vendeu ao Brasil 3,8 milhões de t, 67% do total, ante mais de 90% em outros anos.
Lawrence Pih, diretor-presidente do Moinho Pacífico, maior processador de trigo do País, vê em 2009 maior participação do Uruguai e do Paraguai como fornecedores de trigo ao Brasil. Os dois países devem ter um excedente de 900 mil toneladas, o que vem ajudar mesmo se parte desse volume seguir para outros destinos, disse.
Para o executivo, a dificuldade neste ano-safra reside na qualidade do trigo. Problemas climáticos na Austrália, no Brasil (em especial no Rio Grande do Sul) e na Argentina afetaram a qualidade do cereal usado na panificação e na fabricação de massas. Esse fator, na sua avaliação, pode dar sustentação aos preços, elevando o spread (diferença de preços) entre o trigo hard (panificador) e o soft (usado na produção de biscoitos).
Quanto à isenção de PIS/Cofins que vigora para a cadeia trigo até junho de 2009, o setor espera que o benefício se torne permanente.
Em encontro com a imprensa no início de dezembro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira Silva, disse que a meta do setor em 2009 será obter a isenção total de impostos que incidem sobre o pão francês, a fim de estimular o consumo. No Brasil, o consumo é de 33,6 quilos per capita/ano, ante 70 quilos na Argentina. A Organização Mundial de Saúde recomenda como ideal o consumo de 60 quilos per capita ano, diz a Abip. (J.M./A.E.)


Fonte: Folha de Londrina
 
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