A Secretaria de Agricultura do Paraná fez um balanço das perdas na safra por causa da seca. O feijão foi a cultura mais afetada. Para os produtores de milho e soja a situação também é complicada. Aos 72 anos, o seu João Francisco ainda procura caminho para se livrar do mais recente prejuízo. Ele investiu R$ 350 mil. Sem água, a soja não prosperou e metade da produção está condenada. “A chuva que veio foi suficiente só para germinar. Depois, faltou água e deu no que deu”, disse seu João. O seu João está longe de ser o único a olhar para lavoura castigada e enxergar incerteza. A seca espalhou decepção por todas as regiões do Paraná. É um 2009 que para Sérgio Chinaglia começou mal no ano passado. É que o milho não vê água desde o fim de novembro. E o resultado da colheita mal vai pagar a despesa. “O investimento a gente vai pagar, mas a gente não vai ter o retorno que teria. Quer dizer que trabalhamos de graça”, falou Chinaglia. Segundo dados do Deral, a estiagem no Paraná afetou até agora os três principais produtos agrícolas do estado. A soja deverá ter perda na produção de 8,3%. O milho terá redução de 20%. O feijão terá perda de 26%. Uma comissão foi formada e vai se reunir semanalmente para acompanhar a comercialização e agilizar os pedidos de vistorias nas propriedades. A Conab vai divulgar nesta quinta-feira os números do quarto levantamento da safra de grãos 2008/2009. Os estudos já devem apontar os reflexos do clima na região Sul.