Pesquisa da Conab aponta efeitos do tempo seco nas lavouras do RSO quarto levantamento de safra divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta, pela primeira vez no período, queda na produção gaúcha de milho, na comparação com o ano anterior. O recuo, no entanto, ainda é modesto (2,24%), e não reflete na totalidade os efeitos da estiagem nas lavouras. Conforme avaliação do órgão, as perdas só chegarão às estatísticas de forma mais contundente a partir da previsão do mês que vem. De acordo com o gerente de desenvolvimento da Conab no Estado, Ernesto Irgang, a defasagem se dá porque o levantamento de campo ocorreu de 15 a 19 de dezembro. Desde então, a estiagem agravou-se. Dos 230 hectares de milho dos produtores José Antônio Müller e Mario Oberherr em Cruz Alta, pelo menos 30 hectares foram derrubados no final do ano porque a perda era total. A diretora técnica da Emater, Águeda Mezomo, diz que a quebra prevista no cereal no Estado fica entre 15% a 20%. – A tendência é haver mais prejuízo, que pode levar até a uma safra de verão menor. Mas, no geral, trigo e arroz garantirão aumento – diz Irgang. Apesar de indicar redução no milho, a publicação da Conab prevê uma safra 2008/2009 3,3% maior do que a anterior, chegando a 23,376 milhões de toneladas no Estado. Mas representantes dos produtores contestam a perspectiva de crescimento. No Brasil, a previsão é de produção de 137,034 milhões de toneladas de grãos: quebra de 4,9% ante 2008. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a estimativa de safra é de 137,3 milhões de toneladas – o recuo de 5,9% em relação a 2008 é o maior dos últimos 13 anos.
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Pesquisa da Conab aponta efeitos do tempo seco nas lavouras do RSO quarto levantamento de safra divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta, pela primeira vez no período, queda na produção gaúcha de milho, na comparação com o ano anterior.