As especulações de que a falta de chuvas deverá prejudicar as lavouras de soja no Brasil e na Argentina, dois grandes produtores mundiais da oleaginosa, favoreceu a alta dos grãos no último pregão da semana. A soja registrou a maior valorização dos últimos três meses, com os papéis para março subindo 4,7% e fechando cotados a US$ 10,36 o bushel (27,2 quilos). O serviço de meteorologia do país vizinho afirma que a previsão de chuva para os próximos cinco dias não serão suficientes para amenizar o calor excessivo. No Brasil, as lavouras localizadas na região Sul também sofreram com a escassez de água, provocando a redução na estimativa de colheita oficial do governo. O milho acompanhou a oleaginosa e os papéis para maio fecharam valendo 421,25 centavos de dólar o bushel (25,4 quilos), valorização de 0,95%. Os fundamentos econômicos (oferta e demanda) também valorizaram o trigo soft (biscoito) negociado em Chicago. Os contratos da commodity com entrega para maio recuperaram as perdas da semana e fecharam com valorização de 2,6%, valendo 642,25 centavos de dólar o bushel (27,2 quilos). Segundo a agência Bloomberg News, é possível que a área plantada recue nos Estados Unidos, o maior produtor e exportador do grão.