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Milho - Milho tem nova queda
Data: 13/01/2009
 
Depois de bater limite de baixa na segunda-feira, o milho voltou aos fortes recuos na Bolsa de Chicago (CBOT). Os números de aumento de estoques mundiais do grão divulgados anteontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) ditaram as perdas de ontem, que não foram minimizadas nem com a alta do petróleo. O contrato com vencimento em março fechou o pregão em US$ 3,6250 o bushel, queda de 4,7%. "A China vai produzir mais milho e os Estados Unidos vão usar menor volume do grão para produzirem etanol. Os fundamentos baixistas estão fortalecidos", explica Flávia Moura, da NewEdge.
A previsão de colheita da China para esta safra estava nos patamares de 156 milhões de toneladas, volume que agora se prevê que será de 165 milhões de toneladas. "O aumento da produção chinesa é um dos principais fatores negativos às cotações do milho", explica.
Também reforça a tendência baixista a perspectiva de menor consumo deste grão para produção de etanol nos Estados Unidos, uma vez que as margens dos produtores do biocombustível estão negativas com os baixos preços do petróleo, que fechou ontem em US$ 44,83 o barril na Bolsa de Londres. "Antes de dezembro, o mercado estimava que o uso de milho para produção de etanol seria de 4 milhões de bushels (de 25,4 quilos), volume que foi revisto para os patamares de 3,6 milhões de bushels", informa Flávia. Na semana, o milho acumula queda de 11,4% na CBOT.
Já a soja, que também foi surpreendida com notícias baixistas de preço pelo Usda, teve dia de leve queda ontem na bolsa americana. O contrato março encerrou o dia em US$ 9,7150, recuo de 0,56%. Na segunda-feira, os papéis da oleaginosa também fecharam em limite de baixa, de 60 pontos.
De acordo com o relatório do Usda deste mês, a produção mundial de soja crescerá 1,45 milhão de toneladas em relação ao relatório de dezembro, para 233,2 milhões de toneladas. "Temos problemas reais nas safras de soja e milho na América do Sul, que estão sendo prejudicadas pela estiagem. Mas no caso do milho, a perspectiva de sobra na produção de etanol torna a tendência mais baixista".

Fonte: Gazeta Mercantil
 
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