Os problemas causados pela estiagem na Argentina e os indícios de que a demanda por alguns dos principais grãos deve permanecer aquecida sustentou a cotação das principais commodities ontem. As cotações do trigo recuperaram parte das perdas do início da semana e fecharam em 587 centavos de dólar o bushel (27,2 quilos), valorização de 0,6%.
Conforme informações da Bloomberg News, o relatório das exportações americanas divulgado no último dia 8 mostra que os embarques americanos dos últimos seis meses totalizaram 17,7 milhões de toneladas, cerca de 65% do volume esperado para todo o ano comercial. O consumo do cereal para ração animal foi de 123,1 milhões de toneladas em 2008, aumento de 30% em relação ao ano anterior.
O milho subiu com as notícias negativas sobre as condições da safra argentina. O país é o segundo maior exportador de milho e o maior embarcador de óleo vegetal e ração animal produzidos a partir de sementes oleaginosas. Com isso, os papéis do grão com entrega prevista em maio fecharam em 377,50 centavos de dólar o bushel (25,4 quilos), alta de 1,1%. A falta de chuva e as temperaturas acima do normal deverão aumentar o estresse sobre a polinização do milho e sobre a soja em desenvolvimento, avalia a Meteorlogix.
Os contratos da oleaginosa para março ficaram estáveis, cotados em US$ 9,715 o bushel (27,2 quilos). Exportadores americanos registraram vendas de 454 mil toneladas de soja para a China, segundo o Departamento de Agricultura, corrigindo para cima um relatório datado de 12 de janeiro, que indicava que 399 mil toneladas haviam sido vendidas.